terça-feira, 27 de setembro de 2016

De gueto e de favela

Campanhas políticas, todas elas, não primam pela correção nem pela verdade. Quanto mais fantasia melhor, na tarefa de vender ilusões, e oferecer um mundo melhor. Assim não causa admiração que determinado candidato, branco e rico, contrate pagodeiro, sem noção, para cantar jingle louvando o contratante e afirmando que  o “gueto cola com ele, fecha com ele”, a exemplo da favela que também “cola com ele, fecha com ele” entre outras baboseiras. Pode até dar resultado a missa encomendada, mas soa de uma falsidade de fazer corar o padre.

Foi preciso que outro candidato, este sim com autoridade para falar no gueto e na favela já que é de lá e lá vive, para desmascarar a farsa do contratado e seu candidato “mauricinho”. Exigir politização a pagodeiro é um pouco demais, já que a única lógica que os move é a conta bancária, a vida branca com que sonhou, venham os depósitos de onde vierem. 

A ser verdade, a afirmação de que o gueto e a favela colam com “ele”, quem sabe agora, reeleito, o candidato urbanize as encostas que sustentam seus barracos com os mesmos mármores utilizados nas reformas da Barra e do Rio Vermelho.  

Foto: Ilustrativa

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