Campanhas políticas, todas elas, não primam pela
correção nem pela verdade. Quanto mais fantasia melhor, na tarefa de vender
ilusões, e oferecer um mundo melhor. Assim não causa admiração que determinado
candidato, branco e rico, contrate pagodeiro, sem noção, para cantar jingle
louvando o contratante e afirmando que o
“gueto cola com ele, fecha com ele”, a exemplo da favela que também “cola com ele,
fecha com ele” entre outras baboseiras. Pode até dar resultado a missa encomendada,
mas soa de uma falsidade de fazer corar o padre.
Foi preciso que outro candidato, este sim com
autoridade para falar no gueto e na favela já que é de lá e lá vive, para
desmascarar a farsa do contratado e seu candidato “mauricinho”. Exigir
politização a pagodeiro é um pouco demais, já que a única lógica que os move é
a conta bancária, a vida branca com que sonhou, venham os depósitos de onde
vierem.
A ser verdade, a afirmação de que o gueto e a favela colam com “ele”,
quem sabe agora, reeleito, o candidato urbanize as encostas que sustentam seus
barracos com os mesmos mármores utilizados nas reformas da Barra e do Rio Vermelho.
Foto: Ilustrativa
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