Passados três meses do ataque terrorista à
redação do semanário satírico francês Charlie
Hebdo que teve quase toda redação trucidada por fundamentalistas islâmicos
vai aos poucos seguindo a sua rotina, se refazendo das cinzas. Se há um dado
positivo diante da barbárie, este se encontra no lado comercial da empresa que
teve a tiragem do jornal de 60 mil
antes do ataque, passando para 2,5
milhões de exemplares nos últimos números.
Mas, este dado, meramente
empresarial não se reflete na atração de novos cartunistas que queiram
trabalhar no jornal, temendo represálias de grupos direitistas ou religiosos. O dado triste pós-tragédia é protagonizado pela
disputa entre os jornalistas sobreviventes e familiares dos que foram vitimados no ataque, pelo controle da empresa que segundo a imprensa francesa desde a explosão nas
vendas e as doações de entidades humanitárias e culturais, fez com que o Charlie arrecadasse cerca de 33 milhões
de reais.
O dinheiro, o viés capitalista da questão nada respeita, nada o detém
e deve levar os que foram desta para outra a se perguntarem, onde estiverem, “que é que isso companheiros?
Foto: Ilustrativa
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