Os “coxinhas”
entre outros analfabetos políticos continuarão sua cantilena estúpida e imbecil
agora com a companhia de feministas retardatárias que veem machismo como quem sonha
com alucinações, mas o novo disco de Chico passará impassível, espalhando poesia pelo
chão que eles não serão capazes de recolher, cegos pelo ódio covarde de que se
alimentam.
É certo que o novo disco, Caravanas, não traz as melodias de
que nos acostumamos, nem letras que nos acompanham como parte de nós, nem
canções irretocáveis como Sinhá do
último disco, mas Tua cantiga, alvo
daquelas feministas mal-amadas, é uma bela toada de Cristóvão Bastos que os versos de Chico emolduram numa poesia de competência conhecida. É uma
surpresa a valsa Massarandupió em
parceria com Chico Brown, seu neto,
mostrando que o jovem fará jus a descendência.
Desnecessária a gravação da incrível A Moça do Sonho, já perpetuada por Maria Betânia e mesmo por Edu Lobo um dos autores no musical Cambaio, mas de qualquer modo soa
bonito ouvir versos como “há de haver algum lugar/um confuso casarão/onde os
sonhos serão reais/ a vida não”. Assim como Dueto
já gravado pelo próprio com Nara Leão e
Zizi Possi, recebendo agora a
companhia de sua neta Clara Buarque,
irmã de Chico Brown e atualizado a canção com
citações das redes sociais (twitter, face, instagram, tinder etc)
Mas o saldo é bom, como em As Caravanas em que dá voz aos pobres suburbanos, feitos muçulmanos
escorraçados pelas praias cariocas em gritarias de quem pede a prisão, morte e empilhá-los
nos porões das cadeias fétidas da cidade.
E sobra para seus detratores no bolero Desaforos em que o poeta se mostra surpreso, “nunca bebemos do mesmo regato/sou apenas um mulato que toca boleros/custo a crer que meros lero-leros de um cantor/possam ti dar, tal dissabor” ou mais próximo da malta “nem a tua ira eu acredito que mereça/ou que vires a cabeça pra enxergar no breu/um vagabundo como eu”. Viva Chico”.
E sobra para seus detratores no bolero Desaforos em que o poeta se mostra surpreso, “nunca bebemos do mesmo regato/sou apenas um mulato que toca boleros/custo a crer que meros lero-leros de um cantor/possam ti dar, tal dissabor” ou mais próximo da malta “nem a tua ira eu acredito que mereça/ou que vires a cabeça pra enxergar no breu/um vagabundo como eu”. Viva Chico”.
Foto: Capa de Caravanas - novo disco de Chico)
Nenhum comentário:
Postar um comentário