domingo, 13 de agosto de 2017

Revendo o Cabaré

Desde a estreia de Cabaré da Rrrrrraça, em 1997, já devo ter visto umas três ou quatro vezes o espetáculo, como ontem, numa noite fria e chuvosa, aproveitando a proximidade do Teatro Vila Velha de onde moramos. Muito ou nada mudou, a não ser a presença de novos atores, substituindo, hoje, estrelas globais como Lázaro Ramos e Érico Brás, por exemplo, entre outros atores que partiram para carreira solo desvinculada do Bando de Teatro Olodum.

Pequenas alterações no texto atualizando-o não comprometem a essência do que é discutido nas duras horas de espetáculo didático, panfletário e interativo como é lembrado no início da peça. Assim a plateia é instada a opinar o que mais lhe incomoda, se o racismo do branco contra o negro; do negro contra o branco ou do negro contra o negro mesmo, entre outras abordagens. Além de questionar o espectador, geralmente negro, se já foi vítima de racismo e, as histórias surgem vergonhosas como é de fato a discriminação.

O espetáculo merece ser visto até por quem não se acha capaz dessas atitudes segregacionistas, mas que afloram inconsciente no cotidiano, frutos de deformações familiares e principalmente educacionais de todos nós.

Foto: Ilustrativas 

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