quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Minha palavra


A ditadura do axé cujos tentáculos se espalham pela música que se faz na Bahia, especificamente em Salvador, por conveniência ou identificação mesmo, acaba provocando uma espécie de mordaça entre aqueles artistas com trabalho próprio, original e que navegam em outras águas, outras paisagens musicais. 

Falta divulgação, mídia, empresários, jornalistas amigos, estes até que existem, mas pouco influente, jabá nas emissoras de rádio, mas o verdadeiro artista não desiste, nunca, há sempre alguém para escutar a boa música, sem ter que levantar as mãos, sem sair do chão, sem quebrar na boquinha da garrafa entre outras sandices de que é formado o reino do axé.

Um entre tantos exemplos que se tem à mão é o do jovem Alexandre Leão, que ironicamente lançou há pouco tempo um CD em que veste com outra sonoridade, ijexá, grandes sucessos do axé e alguns carnavais de Moraes, muito agradável de ouvir e ver. Assistir como agora em sua temporada na Varanda do Sesi, no Rio Vermelho, na companhia também de uma loura gelada. Ouçamos aqui Alexandre e Margareth, em Minha palavra.

Vídeo: Youtube

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