sábado, 26 de agosto de 2017

Nossas crianças

São situações distintas em locais sem qualquer conexão, mas mantém o vínculo do sentimento humanitário e a fragilidade de crianças expostas em um mundo de adultos, com a indiferença e o descaso com o seu semelhante. Exceção para o garotinho baiano, de menos de um ano de idade, a caminho de atendimento médico em Salvador, uma das vítimas do naufrágio em Mar Grande, regatado com vida, mas que não resistiu a violência do mar, que o retirou dos braços da avó, se debatendo contra as ondas.   
Já a criança síria entre refugiados, cujo barco em fuga da guerra civil não suportou o peso do excessivo número de passageiros, nem as intempéries do mar, veio parar na costa da Turquia em uma praia deserta. Aqui se configura o drama humano de um país, a Síria, conflagrado há muito tempo sob o regime de um ditador facínora (como se todos não fossem), pobre diabo a serviço dos interesses bélicos de grandes potências.

A Síria continua dando mostras de sua insensatez e insensibilidade ao bombardear a cidade de Aleppo, reduto de opositores ao tirano Bashar Al-Assad não escolhendo alvos civil ou militar em sua ânsia de guerrear, matar e provocar esta diáspora síria pelo mundo que os rejeita como refugiados. Esta é uma das poucas crianças sobreviventes entre escombros de um prédio em ruínas na cidade Aleppo. Em meio a este lamaçal de indignidade e vergonha, crianças que devem se perguntar, porque? A resposta é o silêncio para a pureza de seu coração.

Foto: Ilustrativas

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