São situações distintas em locais sem qualquer
conexão, mas mantém o vínculo do sentimento humanitário e a fragilidade de
crianças expostas em um mundo de adultos, com a indiferença e o descaso com o
seu semelhante. Exceção para o garotinho baiano, de menos de um ano de idade, a
caminho de atendimento médico em Salvador,
uma das vítimas do naufrágio em Mar
Grande, regatado com vida, mas que não resistiu a violência do mar, que o
retirou dos braços da avó, se debatendo contra as ondas.
Já a criança síria entre refugiados, cujo barco em
fuga da guerra civil não suportou o peso do excessivo número de passageiros,
nem as intempéries do mar, veio parar na costa da Turquia em uma praia deserta. Aqui se configura o drama humano de
um país, a Síria, conflagrado há
muito tempo sob o regime de um ditador facínora (como se todos não fossem),
pobre diabo a serviço dos interesses bélicos de grandes potências.
A Síria
continua dando mostras de sua insensatez e insensibilidade ao bombardear a
cidade de Aleppo, reduto de
opositores ao tirano Bashar Al-Assad
não escolhendo alvos civil ou militar em sua ânsia de guerrear, matar e provocar
esta diáspora síria pelo mundo que os rejeita como refugiados. Esta é uma das
poucas crianças sobreviventes entre escombros de um prédio em ruínas na cidade Aleppo. Em meio a este lamaçal de
indignidade e vergonha, crianças que devem se perguntar, porque? A resposta é o
silêncio para a pureza de seu coração.
Foto: Ilustrativas
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