sábado, 10 de novembro de 2012

De novo no Morro.


Sempre que estou na cidade alegre são frequentes as minhas visitas a Morro do Chapéu. Não apenas para desfrutar da hospitalidade, clima, beleza da cidade, mas principalmente para rever familiares e amigos, em especial minha filha que traz em seu ventre a geração do meu primeiro neto. Um motivo que reboca outras razões.

Em ocasiões recentes vinha à cidade para acompanhar estes mesmos familiares e amigos em sua militância a favor do candidato a prefeitura municipal, o jovem Léo Dourado. Conheci o candidato, em uma situação inusitada que relembramos às gargalhadas o modo nada amável com que nos tratou em uma visita nossa a sua casa. Havia um caruru oferecido por sua mãe em que D. Lourdes era uma das convidadas a que acompanhamos juntamente com Moema. Léo era um garoto e o anfitrião desastrado. Ao avistar-nos, logo após o portão de sua casa e, por não reconhecer a convidada muito menos a nós, tratou de retirar a coleira do pastor alemão que guardava e soltá-lo sobre nós. A presença salvadora de sua mãe D. Lucinha nos livrou do massacre canino e de três a menos no caruru de sua mãe.

Mas, Léo perdeu também a eleição. Faltando apenas 06 urnas a serem apuradas ele ostentava uma vantagem sobre o atual prefeito, tentando a reeleição, uma folga de mais de quatrocentos votos. Estas urnas faltosas e restantes chegaram do jeito que o diabo gosta. Uma a uma foram computadas de modo a minar gradativamente a frente do nosso candidato, até a última ser aberta e confirmar a vitória do candidato situacionista por 20 votos. Não merecíamos, nem Léo, nem nós, nem a juventude e o povo morrense.

Mais de um mês depois a cidade ainda não absorveu a tragédia e crê em provas evidentes de compras de votos pelo ganhador, que jamais serão de fato comprovadas e julgadas. Julgamento de mensalão para todos; sem ibope, sem televisão, sem histrionismo de atores mambembes e ávidos por reconhecimento social a provar que são brancos como vocês.

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