Ainda não tinha visto um show dos Paralamas, assim como nunca vi, e talvez não veja um show dos Stones, embora os caras andem por aqui com frequência, tanta e suficiente para fazer um filho em uma apresentadora de TV. Mas, isto não interessa, bem como esta relação entre a turma do Herbert Viana com a do Mick Jagger, já que os primeiros têm muito mais a ver com o The Police, que propriamente como os Rolling Stones, Mas, uma divagação desnecessária, em torno do assunto.
Sábado passado os Paralamas se apresentaram na Concha Acústica do TCA e como estava na cidade fui assistir ao show como aperitivo às eleições do domingo dia 07, que se mostrou amargo em função do resultado das urnas, mas, fato que os cinquentões brasilienses nenhuma participação tiveram. O acidente que imobilizou parte do corpo do Herbert deixou intacta as suas mãos, salvando o guitarrista extraordinário que continua sendo.
Como observou um amigo cearense que já tinha visto a turnê em Fortaleza, a sua voz que já era de taquara rachada rachou de vez comprometendo ainda mais a sua dicção que não era boa. Pouco importou, pois a plateia que conhecia todo o repertório, como qualquer um sobrevivente do “rock BR” dos anos 80, segurou a onda em uníssono fazendo ecoar por toda a Concha, Meu erro, Óculos, O beco, Alagados, Fui eu, Lanterna dos alogados,Cuide bem de seu amor, Vital e sua moto, Ska, La bella luna, A novidade e mais muito mais.
Tendo a disposição um repertório desta qualidade e de um inegável poder de sedução competia à banda fazer rolar a festa, deixando que os lampejos de competência de músicos excelentes como o Herbert, Bi Ribeiro, João Barone fossem naturalmente surgindo aqui e ali.
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