quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Um reinado menor que a pretensão.
Do alto do salto
de seu sapato e da nobreza da honraria de Rainha
da Axé Music, assim como a rainha do milho, da primavera, da uva,
equivalentes em desimportância, a cantora Daniela
Mercury pensou em encostar a Prefeitura
na parede ou nos tapumes dos camarotes ao exigir que a rede elétrica do
circuito Barra – Ondina fosse
suspensa para pelo menos três metros, a mesma do seu novo trio.
A organização
municipal da folia argumentou que não havia tempo hábil para a suspensão
exigida, alem do que acarretaria em um custo de mais de três milhões para um
orçamento já estourado, assim como os tímpanos de quem não está afeito ao “porradão”
do trio elétrico. O certo é que não houve qualquer alteração na rede elétrica da
folia e a rainha do axé e seus dançarinos, em função da elevação do seu trio,
devem ter se apresentados de cócoras ou de joelhos, como que pedindo perdão
pela música vagabunda com que nossos ouvidos são violentados, para que não fossem eletrocutados.
Charge: Bigode de Monalisa
O rabo de foguete corintiano.
Os advogados estão no ar, nas ondas dos rádios, nas páginas dos jornais, nos noticiários das TVs enfim, estão com tudo e não estão prosas; prosas ruins como se vê. É pungente o contorcionismo verbal e pretensamente jurídico do doutor, “não sei das quantas” que tenta sustentar a inocência de Dona Virginia, a serial killer da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba e doida por uma limpeza, em especial nos leitos da UTI onde se mata e mata-se por trabalhar. Aliás, Dona Virginia pelas poucas imagens até então disponíveis sobre a sua mortífera figura mais parece uma personagem saída de alguma cena da Família Adams. O doutor terá que gastar muito o seu português empolado para livrá-las das penas das leis.
Em paralelo e com igual desenvoltura aprecia-se o criador ou mero defensor do rabo de foguete corintiano, outro doutor “adevogado”, tentando fazer ou parecer crer, além dos manos e das minas do universo do “timão”, que é tudo verdade, que não é novela, nem romance popular do tipo “um é cinco, três é dez”.
É simples de se acreditar. Um menor de família humilde de seis irmãos, desempregado, comprou o sinalizador que disparou contra a torcida adversária e outros 06 encontrados com os corintianos presos, além da passagem de ida e volta para a Bolívia e ingresso para o jogo, com recursos oriundos do nada. Milagres existem, mas também não precisava exagerar na dose de fantasia, conforme relatado ao Fantástico da TV Globo, antes de procurar a própria justiça. Se esse “adevogado” conseguir sustentar esta história mirabolante, a assombrosa Dona Virginia pode esperar sentada a sua vez, que vai chegar.
Charge: Angeli
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
O Bem Amado
Recentemente a TV Globo recorreu a seu amplo acervo televisivo ao longo do tempo e de sua programação e reeditou em DVD algumas novelas que ajudaram a sedimentar a sua excelência na realização destes folhetins. Mesmo que hoje, em alguns momentos, viva a reboque de rebotalhos como Dona Glória Perez, esta bruxa assassina de sua própria filha, a Globo já teve a seu serviço autores como Dias Gomes, Jorge de Andrade, Bráulio Pedroso, Jorge Amado e Janete Clair a responsável pela brasilidade das nossas novelas que por muito tempo foram cópias xaropes de dramalhões mexicanos e venezuelanos.
Novelas excelentes como Roque Santeiro, O bem amado, Irmãos Coragem, Saramandaia, Gabriela, Tieta, Dancin Days foram lançadas em 10, 12 ou 15 DVDs a depender do tempo de exibição, que como sabemos tem a flexibilidade do mercado que mede a audiência e, que pode durar muito mais de um ano ou sucumbir em poucos meses. Estas citadas foram sucessos avassaladores razão destes lançamentos, como O Bem Amado, de Dias Gomes, que estou revendo em um dos DVDs, o de nº 03, adquirido no mercado informal, me levou a lembranças de atores memoráveis que já não estão entre nós, como Jardel Filho, Emiliano Queiroz, Dirce Miligacio, Paulo Gracindo, Sandra Bréa, Carlos Eduardo Dolabella, Zilka Salaberry e outros que felizmente ainda permanecem em atividade como Milton Gonçalves, Lima Duarte, Ida Gomes, Paulo Gracindo Junior, etc.
O Bem Amado foi a primeira novela a cores do país, exibida em 1973 tinha trilha sonora composta especialmente por Toquinho e Vinicius, de onde surgiram sucessos Meu pai oxalá e Cotidiano nº 2. Um grande momento da televisão brasileira, onde uma cidade fictícia do litoral baiano servia de palco para que Dias Gomes satirizasse o nosso momento político na personagem do Coronel Odorico Paraguaçu que expunha a sua truculência e a sua malvadeza como forma de se perpetuar no poder.
Foto: A bela e saudosa Sandra Bréa
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Caetano - Ambiente de Festival - 1968
Vídeo com o aúdio do discurso transtornado de Caetano sob intensa vaia no Teatro TUCA-São Paulo, ao apresentar a sua música, É probido proibir, na fase classificatória do 3º Festival Internacional da Canção, da TV Globo, em setembro de 1968. Frases indignadas do discurso fragmentado de Caetano.
"Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder?
São a mesma juventude que vão sempre, sempre, matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem!
Nós, eu e Gil, tivemos coragem de entrar em todas as estruturas e sair de todas. E vocês? Se vocês forem… se vocês, em política, forem como são
em estética, estamos feitos!"
em estética, estamos feitos!"
Vídeo: Youtube
É "nóis"
A Bolívia, acredita-se, não está sob o crivo desta mesma frouxidão jurídica que permite a traficantes, por exemplo, a utilizarem estes mesmos menores em suas ações certos da sua impunidade perante o tal estatuto, que acoberta verdadeiros marginais, pelo fato de serem menor de idade. Espera-se que a Bolívia esteja imune a estas condescendências jurídicas com infrator e, que caiba ao agressor, ao bandido, ao meliante as duras penas da lei, das leis que não temos.
Ainda que a justiça boliviana venha atribuir qualquer crédito este teatro mambembe de amadores franciscanos, que exija a presença do ator, sem a interferência do seu diretor, para que assim desmascare esta farsa que parece ter pernas curtas e, emparedada desmorona a cena e o cenário. Neguinho tá acostumado a matar ou agredir sampaulinos, palmeirenses, santistas, incendiar ônibus, rasgar votos de jurados de escola der samba, barbarizar nas ruas das cidades brasileiras com a derrota ou a vitória de seu “timão”, verá agora o que é que a Bolívia tem, além do largamente conhecido.
Quanto ao advogado, diretor teatral do menor torcedor, “réu confesso”, a sua trajetória poderá não ser brilhante nos tribunais e nos processos em varas criminais ou cíveis, mas o picadeiro de circo o espera assim como a gargalhada da platéia que “aplaude e ainda pede bis, a platéia só deseja ser feliz”.
Foto: Torcedores presos na Bolívia
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
O apartheid carnavalesco da Bahia
Números reveladores do Carnaval de Salvador-2013 publicados pela Revista Metrópole desta semana, com o faturamento de alguns blocos e camarotes no Circuito da folia, precisamente no Barra-Ondina:.
O bloco Camaleão
– R$6,5 milhões
Me abraça – R$5,4 milhõesOs Corujas – R$4,94 milhões, todos eles sem levar em conta os patrocínios.
O Camarote do Reino – R$7,2 milhões
Nana Banana – R$6,2 milhões
Salvador – R$14,4 milhões, também sem considerar os vultosos patrocínios.
Por outro lado, o
empresário paga de taxa à Prefeitura
para montar um camarote no circuito do Carnaval,
R$ 10,58 de taxa inicial e mais 42,34 por metro quadrado. Ou seja, os
empresários não bancam, nem de longe, o custo da festa. Então, quem banca? A Prefeitura e o Governo do Estado que investem
R$ 30 milhões para colocar polícia na rua, realizar a limpeza, montar e
desmontar toda infraestrutura, pagar equipes de saúde, etc,
Considerando uma
pesquisa divulgada recentemente pelo jornal A Tarde constatou-se que 76% da população de Salvador não pula carnaval, e mesmo os 24% que pulam ficam
espremidos entre tapumes e cordas de blocos. Bancar essa festa imensa com
dinheiro público é mais injusto ainda. Tá na hora dessa conta mudar de mãos:
quem fatura com o Carnaval é que tem
que bancar a festa. Elementar meu caro Watson?
Fonte: Jr. Metrópole - Foto: Cordeiros pretos em blocos de brancos
Vocês não estão entendendo nada...
45 anos depois parece que “ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Pelo menos os filhos daqueles futuros pais, jovens universitários, que estiveram no TUCA, em São Paulo, presentes à fase classificatória do 3º Festival Internacional da Canção, da TV Globo, em 1968 e vaiaram, impiedosamente, Caetano e sua música concorrente, É proibido proibir. Os filhos daquela juventude de esquerda, dentro e fora do TUCA, mereciam ouvir aquele discurso de um Caetano, indignado, possesso, apoplético, cujos pais embora politizados se mostraram incapazes de compreender o novo, a vanguarda, o que não fosse contestação ao regime militar.
Caetano e Gil pela ousadia demonstrada no ano anterior, com Alegria, alegria e Domingo no Parque teriam, segundo o olhar obtuso da turba em fúria, que se aliar a Vandré, Chico, Edu, Sérgio Ricardo entre outros jovens músicos, como resistência ao golpe de 64 e entoar canções de teor contestatório. Eles estavam em outra, que não à simples contestação política, mas atentos a aspectos desiguais de nossa cultura que talvez não fizessem parte do receituário revolucionário. O mundo, a música, o nosso subdesenvolvimento cultural tinham para eles o mesmo peso político que a guerrilha urbana ou rural pregadas pelas agremiações de esquerda da qual parte considerável da platéia do TUCA era simpatizante.
Desde o início da apresentação de Caetano, acompanhado dos Mutantes, e mesmo antes, nos bastidores, já se prenunciava o clima de hostilidade com que ele seria recebido pela platéia do TUCA. Roupas de plástico, as guitarras dos Mutantes, versos anarquistas em meio à citação de versos de Fernando Pessoa, alem de ressentimentos e ódio da platéia pelo endurecimento do regime conspiravam contra Caetano. Ele já esperava a reação, porem, não com a força de uma vaia ensurdecedora e atitudes agressivas de uma platéia feroz. Descontrolado, Caetano iniciou um discurso que se tornaria histórico e célebre, ao tempo em que dava munição aos seus algozes para a sua prisão com Gil, no ano seguinte.
“Mas é isso que é a juventude que diz que quer tomar o poder? Vocês têm coragem da aplaudir, este ano, uma música, um tipo de música que vocês não teriam coragem da aplaudir no ano passado!...
Quem teve essa coragem de assumir essa estrutura e fazê-la explodir foi Gilberto Gil e fui eu. Não foi ninguém, foi Gilberto e fui eu!”“.
“Vocês estão por fora! Vocês não dão para entender. Mas que juventude é essa?! Vocês jamais conterão ninguém. Vocês são iguais sabem a quem? São iguais sabem a quem? Tem som no microfone? Vocês são iguais sabem a quem? Àqueles que foram na Roda Viva e espancaram os atores! Vocês não diferem em nada deles, vocês não diferem em nada. E por falar nisso, viva Cacilda Becker!...
“O problema é o seguinte: vocês estão querendo policiar música brasileira! [...] Mas eu e o Gil já abrimos o caminho, o que é que vocês querem? Eu vim aqui para acabar com isso. Ninguém nunca me ouviu falar assim. Entendeu? Eu só queria dizer isso, baby... se vocês, em política, forem como são em estética, estamos feitos! Me desclassifiquem junto com o Gil! Junto com ele, tá entendendo? E quanto a vocês... O júri é muito simpático, mas é incompetente. Deus está solto!”.
Foto: Caetano - 1969
Foto: Caetano - 1969
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Afundando o barco.
A bruxa anda solta pros lados do Parque Antártica, mais especificamente
para o Palmeiras. Após a queda para
a segunda divisão no Campeonato
Brasileiro de 2012, viu assistir a debandada para outros clubes de seus
menos ordinários jogadores Para fechar a tampa do caixão veio o coroamento do
desastre com a queda também para o Grupo
B da escola de samba paulista, Mancha
Verde intimamente ligada ao clube como a Gavião da Fiel ao Corinthians.
Foto: Barcos (ex-Palmeiras)
Começar de novo.
Após ter passado uma década à frente da Banda Eva, na qual entrou em 2002 e
permaneceu até o Carnaval deste ano de 2013, Saulo Fernandes já se prepara para iniciar sua carreira solo. O
primeiro passo vai ser a gravação ao vivo de CD e DVD, agendada para 6 e 7 de
abril, na Concha Acústica do Teatro
Castro Alves, em Salvador (BA). A participação de Ivete Sangalo - artista que gerencia a carreira de Saulo através da empresa Caco de Telha
- está confirmada.
Fonte: Blog Notas Musicais-Mauro Ferreira
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Ivete, devolve os R$650.000 de Sobral-CE.
Parte de hospital inaugurado há um mês no CE com show de Ivete Sangalo desaba após chuva.
Fonte: O Povo
Pai perdoai, mesmo sabendo o que fazem!
A condenação imposta à estudante paulista, cujo
nome não repetirei em respeito aos conterrâneos nordestinos, pelas diatribes proferidas
no twiter após a eleição da Presidente
Dilma Roussef, não redime nem repara nada.
Se for esta a pena de um ano
cinco meses e quinze dias que se paga pela ofensa a uma região inteira em seu
direito de escolha dos dirigentes de seu país através do voto popular, cujo
valor eleitoral é semelhante ao dela e de seus iguais, então que saíamos por aí
ofendendo Joaquim Barbosa, Glória Perez,
Reinaldo Azevedo, Gilmar Mendes, Mulher Melão etc, certos de que a pena se
transformará em uma peninha de trabalhos voluntários e uma multa de R$500,00.
Embora a peninha ou a pena de morte não retroagirá a nada, nem apagará a mácula
da ofensa gratuita e despropositada. A justiça ou a sua falta se equivalem em
desimportância, pois resta ao ofendido ou ao emocionalmente dilacerado por
perdas inaceitáveis de entes queridos, por exemplo, o silêncio, a solidão ou a
loucura, este estágio de percepção superior onde cabe tudo e tudo se transforma
em uma alucinação cotidiana e banal.
Pouco importa a condenaçãozinha, a pena, a
multa já que nada deletará a conduta que
perpassa a estudante desastrada e seus iguais no sentimento de menosprezo, de
inferioridade que os seus olhos captam e a mente absorve ao se referir aos que
não lhes são iguais. Graças a Deus! Somos assim, eleitores da presidente
eleita, como já fomos de um representante da decadente estirpe quatrocentona
que você tenta perpetuar, ou então refaçam a presepada da Revolução de 32 quando quiseram se separar do que hoje ainda chamamos
de Brasil. Me deixe, viu Valera!
Charge: Benett
Charge: Benett
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Pelé falou e afinal, disse!
Mas, desta vez, ao meter sua colher no angu do mundo fashion, das celebridades instantâneas onde vicejam os pagodeiros, os sertanejos, os participantes dos BBB’s e os jogadores de futebol sem noção, ele acertou o tom e as tintas ao tecer comentários e aconselhar Neymar, quanto ao seu comportamento fora das quatro linhas.
Deve haver alguém que mostre a este rapaz que o seu palco, sua praia é o campo de futebol, o do Santos Futebol Clube, por exemplo, onde tudo começou e parece ter os dias contados para que ele experimente de vez o ocaso e veja sumir na poeira das horas “os guizos falsos da alegria”. Alguém que o faça enxergar a distância regulamentar entre ele e estas atrizes globais com quem desfila em iates, festas, baladas e programas de televisão, que elas não comprariam sequer uma caixa de chiclete em sua mão parada em qualquer sinal vermelho, sem o futebol. Alguém que o alerte quanto a proximidade e amizade com estes pagodeiros e sertanejos de araque, que longe do futebol a mais inocente tentativa de aproximação destas sub-celebridades encontraria pela frente uma barreira de segurança brutamontes, mostrando o caminho de casa, o mundo da rua. O futebol é a sua casa, a sua rua.
Entre ele e Messi não há apenas um talento incomparável a que o santista jamais se aproximará, mas um cidadão, um homem, tão jovem quanto ele, mas educado, com caráter e formação profissional claramente definidas. Estas qualidades evidencia uma superioridade técnica como atleta diante de quem foi tão somente bafejado pela capacidade de criar certas estripolias, malabarismos mais apropriados a um picadeiro de circo que a campos de futebol. A educação faz a diferença.
Charge: Rata
Charge: Rata
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
O arrastão do PSI e dos cofres públicos.
Na sexta feira
de Carnaval aconteceu no Circuito Barra - Ondina uma “coisa”
apelidada de “Arrastão do Psi”, comandado
pela banda (ou bando) Psirico, um
lixo inqualificável até pelo mais obstinado catador do lixão de Jardim Gramacho em Duque de Caxias - RJ,
quando o aterro sanitário ainda existia, por lá. Mas, o que interessa aqui não é o
lixão, como direi, musical, mas o lixão contratual feito pela SALTUR, Empresa de Turismo do Município, com a empresa produtora do mal
cheiroso arrastão, pela bagatela de R$100.000,00, a mostrar que há lixos e
lixos.
Como foi
mostrado em uma das sessões da Câmara de
Vereadores, além do contrato com a produtora do arrastão e a SALTUR, havia um outro de igual valor
para o mesmo evento, agora com a banda (ou bando) Psirico. Como este lixo batuqueiro foi responsável também pela gravação
de um dos jingles da campanha de ACM
Neto suou estranho, ou para ser coerente com a banda, cheirou mal esta
ligação com estes contratos e a empresa municipal de turismo. A Prefeitura
se apressou a divulgar que a publicação do contrato com a banda foi um engano e
não pagamento de restos de campanha, como já chegou a insinuar o bando daqueles
que nunca aceitaram a vitória de Netinho.
Homens maus! Isto não é de Deus!.
Não é crível que
um “mauricinho” como o atual prefeito, por mais eclético que seja,
musicalmente, se dê ao desperdício de tempo a ouvir ou ver “coisas” como Psirico. Mas, sabendo que a banda é
fortemente influenciável entre pretos, pobres e moradores dos subúrbios mal
cheirosos da cidade, é compreensível a escolha de ACM Neto na entrega da gravação do seu jingle de campanha,
buscando a aproximação e a identificação com esta parte numerosa do eleitorado
soteropolitano. Daí a associação com o contrato que entrou de gaiato na pauta
das publicações do Diário Oficial do Municipal
foi um salto, um SALTUR.
Foto: Lixão de Jardim Gramacho, mas pode chamar de Psirico.
O clarão da nova Fonte Nova.
No inicio desta semana, foram realizados os primeiros testes de iluminação da Arena Fonte Nova, cujas obras serão concluídas em 28 de fevereiro. A inauguração, no entanto, se dará no dia 29 de março, data de aniversário de fundação da cidade de São Salvador, aliás, Salvador. Como se trata de sexta feira da paixão, a inauguração mesmo, com a bola rolando, será dois dias após, em 31 de março de 2013.
A iluminação externa obedecerá as cores do time mandante nos jogos ali realizados. Como se sabe, o Barcelona de Itinga não tem um estádio para mandar seus jogos e por esta razão firmou contrato com a administração do consórcio, para ali sediar suas partidas, o que significa que as cores desbotadas de suas camisas envolverão a Arena na maioria dos jogos do novo estádio. O nosso rubronegro, Vitória, fez contrato de umas poucas partidas como mandante, já que a prioridade é o nosso Barradão, pelos contratos já firmados com patrocinadores e o merchandising das placas de publicidade em volta do campo. Nas ocasiões em que mandar seus jogos no novo estádio, a Arena Fonte Nova ficará ainda mais bonita envolta com as cores rubronegras.
Em dias de jogos, com a Arena Fonte Nova iluminada, o Dique do Tororó terá a sua beleza realçada, assim como a fonte luminosa no círculo central onde se posicionam as esculturas dos orixás, do artista plástico Tati Moreno e cuja simbologia tanto mal causa aos evangélicos e que continuará causando, com fé em Deus.
Fotos: Testes de iluminação da Arena Fonte Nova
Fotos: Testes de iluminação da Arena Fonte Nova
Laços de Família - Doutor Bira.
O julgamento de Gil Rugai, suspeito de matar o pai e a madrasta toma grande parte dos noticiários das televisões em qualquer horário e é o assunto do momento goste-se ou não do tema, tão caro as estas espetacularizações televisivas. Não dou um real ao tema ou ao assunto, mas desta vez fui pego por estas sentimentalidades familiares.
De um lado do julgamento no Fórum de Barra Funda – São Paulo, do lado contrario ao réu está o assistente de acusação, Dr. Ubirajara Mangini, que é ninguém mais, ninguém menos que Bira, filho do também advogado, o saudoso Ubiratan Kuhn Pereira de sempre presente lembrança em nosso meio. O Doutor Bira é filho de Ubiratan e Mírian Mangini, pai de Arthur e Isabelle, casado com Mara (e aí Mara, a próxima rodada é minha).
As evidências e as provas, em que pese os malabarismos da defesa, devem prevalecer no julgamento final com a acusação do réu e a vitória de Dr. Bira e, se espera da justiça, esta coitada tão vilipendiada nestes tempos sombrios. Vai que é tua Bira!
Foto: Dr. Ubirajara Mangini
Foto: Dr. Ubirajara Mangini
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
O Papa é pop.
Não foi a Mudança do Garcia o grande arerê da segunda feira de Carnaval, como todos os anos, com suas debochadas criticas a políticos, artistas, igrejas, pastores, em meio aos trates domésticos que caracterizam de fato uma mudança. A do Garcia não foge a regra e traz para a Avenida em cima dos caminhões e camionetes de fretes seus colchões velhos, espelhos quebrados, panelas amassadas, mulheres com bobs e lenço na cabeça, pinicos, espreguiçadeiras, televisores preto e branco, radiolas, tábuas de passar ferro e todo um rol de inutilidades, como dizer, úteis. Desta feita o acontecimento da segunda feira foi a renúncia do Papa Bento XVI, cuja noticia não chegou a ser captada pelos cartazes da Mudança do Garcia, como para, praticamente, ninguém. O Papa endoidou em pleno Carnaval, o Carnaval de Veneza, pelo menos. O cartunista Cau Gomez ainda na terça feira enquadrou o Papa na folia, correndo atrás de um trio elétrico e jogando para o alto os seus paramentos, mas a batucada era outra.
Passada a estupefação inicial deste fato incomum na recente história do cristianismo católico, vê-se que o Papa não foi seduzido pelo Carnaval, ao contrário, se viu enredado por tantos temas que os leigos e os distantes procuram entender ou justificar sem conseguir, o seu afastamento do papado. Sabe-se que o Vaticano não é nem nunca foi um clube de senhoras caridosas, tentando salvar o que ainda resta da humanidade, mas uma instituição onde viceja o dinheiro, a inveja, a vaidade, a sede de poder enfim, todas estas mazelas, pecados, subterfúgios, dissimulações próprios dos mortais a partir da Praça de São Pedro no Vaticano até os mais profundos sertões.
Que então venha o novo Papa, mas como diz o Simão, “contanto que não seja argentino, pois se assim for, vou para a umbanda”.
Charge: Cau Gomez
Go home, Yaoni!
A passagem do blogueira cubana Yaoni Sanchez, por onde quer que seja, é sempre motivo de polêmica e de perturbação da ordem pública. Por aqui não foi nem está sendo diferente. De um lado os democratas de mão única e do outro, partidários de esquerda e simpatizantes do regime cubano, em defesa e protestos quanto ao seu messianismo democrático e os seus ataques ao desrespeito aos direitos humanos em seu país. Não creio que o nosso país seja, no momento, o palanque ideal para as suas perorações em torno do respeito ao ser humano, vista a nossa tragédia urbana diária, onde vidas são suprimidas sem qualquer motivação, impunemente. E politicamente assistimos o arrastar de uma Comissão da Verdade na apuração de crimes cometidos por uma ditadura que ela imagina ser exclusiva de ser país, e que os algozes de outras tantas vidas tentam dificultar com a ocultação de provas ou difusas ameaças institucionais.
Aqui, como lá, problemas há. Na história recente de Cuba há muitos mais motivos para se orgulhar do que sair por aí difundindo um inferno vermelho que o tempo e o desmantelamento da Rússia tratou de esmaecer. Se houve um dia, e deve ter havido, foi muito mais em razão de ideais revolucionários mesmo, que de uma perversa militarização como a de nosso país pós-64, onde não havia ideal algum, a não ser o mal pelo mal.
Não sei onde estavam os recepcionistas de sua passagem por nosso país, quando a nuvem negra antidemocrática turvou os céus do país. Provavelmente em baixo de suas camas, como convém aos covardes, estes mesmos que hoje se agigantam na defesa das liberdades democráticas de outros países, que não o seu, quando foi urgente e necessária a sua defesa.
A senhora Yaoni Sanchez prestaria muito mais serviço ao seu país, lutando por estas liberdades reclamadas, em seu próprio território, ao contrário de sair por ai, enxovalhando uma história cujos rumos precisam ser aperfeiçoados e discutidos com os seus, nas brechas que o regime permitir. E não andar por aí, dando munição a fariseus nativos dos lugares por onde passa qual uma agente da CIA, mensageira da democracia, este pretenso patrimônio da política externa americana
Foto: Yaoni Sanches
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Adolf Hitler vive!
Em entrevista ao programa em Frente com Gabi, conduzido pela jornalista Marília Gabriela, o pastor evangélico Silas Malafaia disparou a sua metralhadora giratória em todas as direções. Em um dado momento da entrevista o evangélico dentro daquele polimento que lhe é característico vociferou: “Amo os homossexuais como amo os bandidos e os traficantes”.
A jornalista, surpresa com o gesto disparatado de amor retrucou: “Que o meu Deus, que não sei se é o mesmo que o seu, te perdoe”.
Foto: Silas Malafaia
Todo carnaval tem seu fim.
Revendo o DVD da Banda Eva – Terra da Alegria pude confirmar o talento de seu vocalista Saulo Fernandes, a qualidade e a sonoridade do grupo que se encontra há alguns passos além daquilo que o axé costumar ruminar em sua falta de criatividade. A saída de Saulo da Banda Eva para o inicio de uma carreira solo, teve no último dia de carnaval, na Avenida, o seu momento apoteótico de despedida ao passar pelo Beco do Eva, entre as Mercês e a Praça da Piedade. Ali em uma parada de quase 10 minutos, Saulo levou a multidão ao êxtase ao cantar vários sucessos da Banda e constatar que ele é mesmo um artista diferenciado no pobre reino do axé.
Carismático, simples, musical, extremamente humano com aqueles de quem se aproxima, Saulo merece uma carreira brilhante já a contar deste mês, findo o carnaval. É provável que nestas próximas micaretas que se espalharão por todo o interior do estado e em outros estados, Saulo esteja comandando a sua própria banda que creio será composta para vários integrantes da Eva que por certo o acompanhará. Boa sorte a Saulo Fernandes!
Foto: Saulo Fernandes
Foto: Saulo Fernandes
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Pronto, já mijei!
Foi com esta expressão que Ivete retomou o comando do seu trio, após uma breve interrupção, em frente a Agência da Caixa, nas Mercês, para as suas necessidades fisiológicas que não diferem muito da música executada. Acredito que possa ter sido uma homenagem a nossa rua, que por alguns dias, dias da folia, abdica da reverência a São Raimundo para se transformar em um dos muitos becos do mijo espalhado por todo o circuito.
Fazer xixi nas ruas é um mau costume tão arraigado a nossa (in) civilidade que as frequentes campanhas educativas dos meios de comunicação parecem não surtir qualquer feito. Ruy, o marido de minha sobrinha Zélia, entre outras maluquices quando esteve em Paris, fez no pé da Torre Eiffel no momento de rara distração da guarda municipal ou do policiamento mesmo, caso contrário estaria ainda hoje lavando o porão de algum navio francês nas costas da Argélia.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Pipocando na avenida!
Lançada o ano passado, a nova embalagem de 269 ml se consolidou neste Carnaval com a mais vendida e a mais popular, até pelo preço de oferta em quase todos os ambulantes ao longo de qualquer circuito. O pacote de 3 por R$5,00 é convidativo e atraente, mas prefiro o “latão” da Schin ou Brahma.
Um bloco de Carnaval, Clube do Samba anuncia como sua atração a presença de Mumuzinho. Você e eu não sabemos quem seja Mumuzinho, mas isso não impedirá que ele tenha os seus 15 minutos de glória. Como Mumuzinho não se sustenta como celebridade, os organizadores do bloco trataram de facilitar o caminho da fama, colocando logo abaixo do nome da atração o subtítulo “do programa Esquenta/TV Globo”. Ah, bom! Se nem você, nem eu assistimos o programa global pior para nós e para Mumuzinho que continuará sendo para nós um ilustre desconhecido.
A passagem ontem à noite, na Avenida, do bloco Araketu agora com a comando de Tatau nos vocais da banda, mostrou como foi infeliz a sua saída para a tentativa de uma carreira individual. Nem a sua carreira solo deslanchou assim como a banda definhou com a presença inexpressiva da cantora Larissa Luz, sua substituta, pequena extensão vocal e nenhum carisma ou empatia com o público carnavalesco do simpático bloco Araketu. Boas Vindas a Tatau!
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Lavando, dançando e seguindo o cortejo
O bloco de sopro e percussão que passou ontem à noite na Avenida, por sinal passou duas vezes já que contornou a Casa da Itália e caiu de novo no Circuito Osmar, prestou uma homenagem ao saudoso e querido Zezinho.
Assim como o bloco Baba de Terça, o folião Zezinho também era ligado ao outrora aguerrido Sindicato dos Bancários da Bahia. Em vistosos estandartes conduzidos por alguns participantes, uma caricatura de Zezinho, careca e barbudo, vestido de anjo, trajando uma túnica azul, flanava por entre confetes e serpentinas no espaço onde ele agora habita.
A cada Carnaval o Sindicato dos Bancários promovia a Lavagem das Quebranças que é o nome de um beco transversal à Avenida Sete e em frente à sede do sindicato. A Lavagem descia a avenida até a Praça da Piedade, contornava a Carlos Gomes e entrava no beco onde era literalmente lavado. Nestas ocasiões Zezinho era o abre-alas da lavagem e tanto poderia aparecer vestido de gari, como de baiana, mãe de santo, gladiador qualquer maluquices que fizesse sentido, ou não, com o tema da lavagem. Geralmente este tema atirava, merecidamente, pedras nos banqueiros e os sindicalistas barbudos e de esquerda deixavam o capitalismo de lado e caiam no samba, como qualquer mortal, assim como Zezinho que se tornou imortal para os seus amigos.
Foto: Zezinho como São Nunca na Lavagem de 2012.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Caindo, de quatro, no samba.
A noticia mais recente de que Ângela desfilaria no Carnaval em uma escola de samba, demonstra a quantas anda o Carnaval de São Paulo. Baixinha, branca, gorda, desajeitada prá andar, falar e provavelmente sambar, Ângela não seria a passista que qualquer carnavalesco quisesse para sua escola, mesmo que de serie B, que não é o caso da agremiação onde ela irá expor suas banhas “Parmalat” em desengonçados passos.
No intervalo do recente jogo entre Inglaterra e Brasil, um grupo adentrou ao gramado querendo homenagear o nosso país, reproduzindo uma escola de samba ou o que eles, os ingleses, imaginam ser “a lágrima clara sobre a pele escura”. As peles não eram apenas claras, mas alvíssimas, o que não chega a ser impeditivo para se cair no samba, ao contrário do corpo que necessariamente tem que ser, pela própria natureza do desfile, de mulheres esculturais, saídas do Sambódromo para as páginas das revistas. Não era o que tinha prá mostrar as inglesas desafortunadas em seus corpos descompensados, mas dando a impressão de que a cada movimento, cada rebolada, cada passo corria-se o risco de inundar recém-inaugurado estádio de Wembley, de banha, procedimento que várias lipoaspirações não conseguiram.
Pois, se faltou Ângela em Wembley, ela estará presente, já que de igual silhueta inglesa, no Sambódromo paulista, neste carnaval.
Foto: Passistas de escola de samba.
Foto: Passistas de escola de samba.
De um lado este Carnaval, do outro...
Ontem cedo, pela manhã ao chegar, já me deparei com uma cena que por anos também compõe a paisagem do carnaval e expõe as nossas mazelas, nossas chagas sociais. Famílias humildes, simples, da periferia ou de cidades próximas, mas de igual extrato social, se amontoam pelas calçadas, muros, passeios de residências, portas de estabelecimento comercial prestes a encerrar suas atividades para dar passagem ao Carnaval, em busca da conquista de alguns trocados para a sua manutenção ou daquilo que incha o seu numeroso clã. Velhos, jovens, senhoras, moças morenas e gordas, crianças, cadeirantes, cachorros, um por todos e todos juntos para carregar seus lençóis puídos, panelas velhas e sujas, colchonetes implorando o caminhão da Limpurb, fogões de 04 bocas, sem dentes, geladeiras Consul ou Gelomatic, isopores, fogareiros, sacolas, malas tudo muito pobre e degradante mas, pela sobrevivência.
À tarde, percorrendo parte do circuito Barra-Ondina, como quem fiscalizasse o percurso, fiquei a observar o luxo e a ostentação que esperam os foliões (será que são mesmos?) abastados que participarão do Carnaval pendurados em reluzentes e iluminados camarotes. A cabeça gira querendo parar em algum ponto, onde provavelmente desci e, que embalaram velhos sonhos igualitários e juvenis e, reajo: Viva a desigualdade. “Oh! Mundo tão desigual/tudo é tão desigual/Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!/Oh! de um lado esse carnaval/do outro a fome total/Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô Ô!...” (Gil e Paralamas)
Foto: Interior do Trio de Ivete Sangalo.
Foto: Interior do Trio de Ivete Sangalo.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Já é Carnaval, cidade!
Não fazem parte da programação oficial do Carnaval de Salvador, mas pelos anos que já invadem os espaços públicos com seus blocos de sopro e percussão já podem ser considerados tradicionais, numa terra e num evento que qualquer agremiação com alguns poucos anos de estrada, ou de asfalto em se tratando de Carnaval, já é uma tradição. Tão aí o Olodum, o Ilê Ayê para serem reverenciados como se tivessem aportados por aqui no primeiro navio negreiro que ancorou nos portos brasileiros.
Tradição por aqui é coisa de 10 ou 15 anos, ao contrário do que imaginava ser a tradição, algo centenário ou próximo como a Independência da Bahia, Dona Canô, o Flamengo, a Capoeira, o Maracatu, a Estação Primeira da Mangueira, D. Lourdes minha sogra etc.
Mas, queria falar da Lavagem da Fundação Cultural, formado por funcionários e amigos do órgão estadual que sai da Rua Chile, sede da Fundação no Palácio Rio Branco, antecipando o carnaval oficial que só acontece a partir de amanhã, quinta feira, percorre ruas do centro até o Largo Arcanjo no Pelourinho onde o baile homenageia o rei e a rainha da Lavagem.
Do outro lado da cidade a banda Habeas Copus de Sérgio Bezerra, dono do bar e restaurante do mesmo nome, onde a tradição começou, seguida por grande quantidade de outras bandas e fanfarras que percorrem um trecho da Barra que vai do Farol até o Barravento, no Cristo, arrastando uma multidão, sem cordas, sem amarras, apenas com camisas alusivas à banda. Humildemente fui um dos foliões pioneiro nas saídas do Habeas Copus, nos anos 80, cujo afastamento se deu na proporção que o evento crescia e aumentava o número de participantes e acompanhantes. Uma reunião de amigos e frequentadores do bar se transformou numa gigantesca celebração como compete a qualquer tradição e ao próprio gigantismo do Carnaval de Salvador.
De volta ao armário
Neste inicio de ano e mesmo no final do que passou, quando os ensaios promovidos pelas estrelas do axé pululam por toda cidade, como se aquelas aberrações coreográficas necessitassem de ensaio, dizer que algo foi sucesso no verão fora do ambiente pré-carnavalesco é uma meia verdade diante da “muvuca” provocada por aqueles tais ensaios. Foi no meio deste turbilhão axezeiro que a peça Éramos gays foi lançada no Teatro Módulo, na Pituba, sem o sucesso merecido, embora possa ainda alcançar, já que o verão se estenderá até março e o musical escrito pela querida Aninha Franco pode vir a ser o acontecimento do que restar do verão e seguir carreira até o meio do ano.
Partindo de um argumento simples o musical pode dar “panos pras mangas” ou “penas pras frangas” se soltarem com a abundância previsível e uma frescura tamanha de se prescindir do ar condicionado nas dependências teatral. Um grupo de gays, no século passado, resolveu passar o final de semana em Nova York entre eles Alice Kate. Em determinado ponto do Atlântico o avião passa por uma turbulência, assustando e apavorando todos eles, com a possibilidade de se espatifar no mar, matando todos. Alice, de acordo com a sua religiosidade prometeu a São Sebastião que se nada sofressem voltaria para o armário e nunca mais olharia para o seu objeto de desejo, um outro homem, quer dizer, um espécime do sexo masculino. O avião, bem como tripulação e tripulantes, aterrissou em paz sem que nada acontecesse.
E a promessa? Bem, daí em diante Alice vive às voltas com seus colegas, tentando demovê-lo da idéia de retornar ao armário. São criadas situações hilárias, com diálogos inteligentes e muita música baiana em um musical inspirado nos modelos da Broadway. A dramaturga e diretora teatral Aninha Franco mais uma vez acertou em seus textos, comédias ou não, contando desta vez com o auxilio de bons atores como Mário Bezerra, Daniel Rabello, Felipe Veloso entre outros.
Foto: Elenco da peça
Foto: Elenco da peça
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Indo onde o dinheiro for.
Em principio podia
até parecer um gesto de generosidade, de solidariedade das estrelas do axé, no Carnaval baiano, ao abandonarem por um
momento seus blocos de cordas para foliões “parmalat” com abadás a peso de ouro
e virem para a avenida tocar para o folião pipoca, aquele que brinca sem corda,
sem seguranças, sem amarras e a sua fantasia é uma camiseta, short, tênis e a
alegria. Começou com a Daniela Mercury
e ai vieram Durval Lélis, Ivete Sangalo (Ivete devolva os 650 mil
do hospital de Sobral - CE), Saulo
Fernandes com a Banda Eva, Chiclete com Banana e até este lixo mal
cheiroso dos pagodeiros. Mas, havia algo de errado no reino do axé, como sempre
houve, pois o que parecia espontaneidade e uma difusa democracia na folia se
revelou, em verdade, uma imposição, uma mudança no foco publicitário.
Uma recente
postagem da querida Aninha Franco em
sua página facebook sobre os rumos do carnaval baiano, quanto a esta descida do
trono dos reis e rainhas do axé e da folia para a companhia do folião pipoca,
foi complementada por um dos seus seguidores que jogou a pá de cal na benemerência
axezeira. Tudo era uma questão de
marketing. Os patrocinadores observaram que ao invés de aplicar os seus milhões
em verbas publicitárias nos trios e blocos de 3 ou 5 mil participantes
preferiram aplicar estes recursos em trios pipocas cuja visibilidade para o seu
“merchandising” atingiria um bando de 40
a 50 mil foliões animados e
agradecidos com a presença de seus ídolos, tocando para si. E aí então, os reis
e rainhas do axé foram para onde o dinheiro foi.
Foto: Bell Marques
Eu sou um grito de glória. Eu sou Vitória!
Recente estudo
divulgado pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFH), em que classifica as
200 melhores equipes da América do Sul,
o nosso rubronegro baiano, o Vitória,
aparece em 85º lugar, sendo a melhor colocação de um clube nordestino. Logo a
seguir aparecem o Sport em 117º lugar e o Barcelona de Itinga o (Bahia) em 135º.
O
Campeão da América é mesmo o Boca
Juniors que num universo das 10 melhores equipes do continente tem a
companhia dos clubes brasileiros, São
Paulo, Santos, Cruzeiro, Internacional e Corinthians.
A
liderança do Vitória na região
parece se confirmar na recém-iniciada Copa
do Nordeste em que já desponta como a melhor equipe, mesmo ainda não
jogando um futebol convincente, mas o suficiente para liderar a competição, com
a classificação assegurada para a segunda etapa da disputa. Dá-lhe Leão da
Barra!
Foto: Torcida do Vitória - Barradão
Foto: Torcida do Vitória - Barradão
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