O bloco de sopro e percussão que passou ontem à noite na Avenida, por sinal passou duas vezes já que contornou a Casa da Itália e caiu de novo no Circuito Osmar, prestou uma homenagem ao saudoso e querido Zezinho.
Assim como o bloco Baba de Terça, o folião Zezinho também era ligado ao outrora aguerrido Sindicato dos Bancários da Bahia. Em vistosos estandartes conduzidos por alguns participantes, uma caricatura de Zezinho, careca e barbudo, vestido de anjo, trajando uma túnica azul, flanava por entre confetes e serpentinas no espaço onde ele agora habita.
A cada Carnaval o Sindicato dos Bancários promovia a Lavagem das Quebranças que é o nome de um beco transversal à Avenida Sete e em frente à sede do sindicato. A Lavagem descia a avenida até a Praça da Piedade, contornava a Carlos Gomes e entrava no beco onde era literalmente lavado. Nestas ocasiões Zezinho era o abre-alas da lavagem e tanto poderia aparecer vestido de gari, como de baiana, mãe de santo, gladiador qualquer maluquices que fizesse sentido, ou não, com o tema da lavagem. Geralmente este tema atirava, merecidamente, pedras nos banqueiros e os sindicalistas barbudos e de esquerda deixavam o capitalismo de lado e caiam no samba, como qualquer mortal, assim como Zezinho que se tornou imortal para os seus amigos.
Foto: Zezinho como São Nunca na Lavagem de 2012.
Parabéns pela postagem.
ResponderExcluirOk,Igor,
ExcluirObrigado pela visita. Apareça sempre.
Abs.