sábado, 9 de fevereiro de 2013

Lavando, dançando e seguindo o cortejo

O bloco de sopro e percussão que passou ontem à noite na Avenida, por sinal passou duas vezes já que contornou a Casa da Itália e caiu de novo no Circuito Osmar, prestou uma homenagem ao saudoso e querido Zezinho.

Assim como o bloco Baba de Terça, o folião Zezinho também era ligado ao outrora aguerrido Sindicato dos Bancários da Bahia. Em vistosos estandartes conduzidos por alguns participantes, uma caricatura de Zezinho, careca e barbudo, vestido de anjo, trajando uma túnica azul, flanava por entre confetes e serpentinas no espaço onde ele agora habita.

A cada Carnaval o Sindicato dos Bancários promovia a Lavagem das Quebranças que é o nome de um beco transversal à Avenida Sete e em frente à sede do sindicato. A Lavagem descia a avenida até a Praça da Piedade, contornava a Carlos Gomes e entrava no beco onde era literalmente lavado. Nestas ocasiões Zezinho era o abre-alas da lavagem e tanto poderia aparecer vestido de gari, como de baiana, mãe de santo, gladiador qualquer maluquices que fizesse sentido, ou não, com o tema da lavagem. Geralmente este tema atirava, merecidamente, pedras nos banqueiros e os sindicalistas barbudos e de esquerda deixavam o capitalismo de lado e caiam no samba, como qualquer mortal, assim como Zezinho que se tornou imortal para os seus amigos.

Foto: Zezinho como São Nunca na Lavagem de 2012.

2 comentários:

  1. Anônimo15:40

    Parabéns pela postagem.

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    Respostas
    1. Ok,Igor,
      Obrigado pela visita. Apareça sempre.
      Abs.

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