terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

É "nóis"

A estratégia do advogado, provavelmente pago pela diretoria do Corinthians, para amenizar a barra de parte do bando que se encontra encarcerada na cidade boliviana de Oruro, é de uma originalidade de fazer inveja aos grandes juristas nacionais, se esses se dessem o trabalho de patifarias semelhantes. Do nada surge um menor corintiano se responsabilizando de ter disparado o sinalizador marítimo em direção a torcida adversária, causando a morte do jovem torcedor boliviano. Por ser menor, aqui no Brasil, estaria isento de certos procedimentos jurídicos com base no Estatuto do Menor e do Adolescente.

A Bolívia, acredita-se, não está sob o crivo desta mesma frouxidão jurídica que permite a traficantes, por exemplo, a utilizarem estes mesmos menores em suas ações certos da sua impunidade perante o tal estatuto, que acoberta verdadeiros marginais, pelo fato de serem menor de idade. Espera-se que a Bolívia esteja imune a estas condescendências jurídicas com infrator e, que caiba ao agressor, ao bandido, ao meliante as duras penas da lei, das leis que não temos.

Ainda que a justiça boliviana venha atribuir qualquer crédito este teatro mambembe de amadores franciscanos, que exija a presença do ator, sem a interferência do seu diretor, para que assim desmascare esta farsa que parece ter pernas curtas e, emparedada desmorona a cena e o cenário. Neguinho tá acostumado a matar ou agredir sampaulinos, palmeirenses, santistas, incendiar ônibus, rasgar votos de jurados de escola der samba, barbarizar nas ruas das cidades brasileiras com a derrota ou a vitória de seu “timão”, verá agora o que é que a Bolívia tem, além do largamente conhecido.

Quanto ao advogado, diretor teatral do menor torcedor, “réu confesso”, a sua trajetória poderá não ser brilhante nos tribunais e nos processos em varas criminais ou cíveis, mas o picadeiro de circo o espera assim como a gargalhada da platéia que “aplaude e ainda pede bis, a platéia só deseja ser feliz”.
Foto: Torcedores presos na Bolívia

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