Os advogados estão no ar, nas ondas dos rádios, nas páginas dos jornais, nos noticiários das TVs enfim, estão com tudo e não estão prosas; prosas ruins como se vê. É pungente o contorcionismo verbal e pretensamente jurídico do doutor, “não sei das quantas” que tenta sustentar a inocência de Dona Virginia, a serial killer da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba e doida por uma limpeza, em especial nos leitos da UTI onde se mata e mata-se por trabalhar. Aliás, Dona Virginia pelas poucas imagens até então disponíveis sobre a sua mortífera figura mais parece uma personagem saída de alguma cena da Família Adams. O doutor terá que gastar muito o seu português empolado para livrá-las das penas das leis.
Em paralelo e com igual desenvoltura aprecia-se o criador ou mero defensor do rabo de foguete corintiano, outro doutor “adevogado”, tentando fazer ou parecer crer, além dos manos e das minas do universo do “timão”, que é tudo verdade, que não é novela, nem romance popular do tipo “um é cinco, três é dez”.
É simples de se acreditar. Um menor de família humilde de seis irmãos, desempregado, comprou o sinalizador que disparou contra a torcida adversária e outros 06 encontrados com os corintianos presos, além da passagem de ida e volta para a Bolívia e ingresso para o jogo, com recursos oriundos do nada. Milagres existem, mas também não precisava exagerar na dose de fantasia, conforme relatado ao Fantástico da TV Globo, antes de procurar a própria justiça. Se esse “adevogado” conseguir sustentar esta história mirabolante, a assombrosa Dona Virginia pode esperar sentada a sua vez, que vai chegar.
Charge: Angeli
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