quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Bem Amado


Recentemente a TV Globo recorreu a seu amplo acervo televisivo ao longo do tempo e de sua programação e reeditou em DVD algumas novelas que ajudaram a sedimentar a sua excelência na realização destes folhetins. Mesmo que hoje, em alguns momentos, viva a reboque de rebotalhos como Dona Glória Perez, esta bruxa assassina de sua própria filha, a Globo já teve a seu serviço autores como Dias Gomes, Jorge de Andrade, Bráulio Pedroso, Jorge Amado e Janete Clair a responsável pela brasilidade das nossas novelas que por muito tempo foram cópias xaropes de dramalhões mexicanos e venezuelanos.

Novelas excelentes como Roque Santeiro, O bem amado, Irmãos Coragem, Saramandaia, Gabriela, Tieta, Dancin Days foram lançadas em 10, 12 ou 15 DVDs a depender do tempo de exibição, que como sabemos tem a flexibilidade do mercado que mede a audiência e, que pode durar muito mais de um ano ou sucumbir em poucos meses. Estas citadas foram sucessos avassaladores razão destes lançamentos, como O Bem Amado, de Dias Gomes, que estou revendo em um dos DVDs, o de nº 03, adquirido no mercado informal, me levou a lembranças de atores memoráveis que já não estão entre nós, como Jardel Filho, Emiliano Queiroz, Dirce Miligacio, Paulo Gracindo, Sandra Bréa, Carlos Eduardo Dolabella, Zilka Salaberry e outros que felizmente ainda permanecem em atividade como Milton Gonçalves, Lima Duarte, Ida Gomes, Paulo Gracindo Junior, etc.

O Bem Amado foi a primeira novela a cores do país, exibida em 1973 tinha trilha sonora composta especialmente por Toquinho e Vinicius, de onde surgiram sucessos Meu pai oxalá e Cotidiano nº 2. Um grande momento da televisão brasileira, onde uma cidade fictícia do litoral baiano servia de palco para que Dias Gomes satirizasse o nosso momento político na personagem do Coronel Odorico Paraguaçu que expunha a sua truculência e a sua malvadeza como forma de se perpetuar no poder.

Foto: A bela e saudosa Sandra Bréa

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