segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O apartheid carnavalesco da Bahia






















Números reveladores do Carnaval de Salvador-2013 publicados pela Revista Metrópole desta semana, com o faturamento de alguns blocos e camarotes no Circuito da folia, precisamente no Barra-Ondina:.

O bloco Camaleão – R$6,5 milhões
Me abraça – R$5,4 milhões
Os Corujas – R$4,94 milhões, todos eles sem levar em conta os patrocínios.
O Camarote do Reino – R$7,2 milhões
Nana Banana – R$6,2 milhões
Salvador – R$14,4 milhões, também sem considerar os vultosos patrocínios.

Por outro lado, o empresário paga de taxa à Prefeitura para montar um camarote no circuito do Carnaval, R$ 10,58 de taxa inicial e mais 42,34 por metro quadrado. Ou seja, os empresários não bancam, nem de longe, o custo da festa. Então, quem banca? A Prefeitura e o Governo do Estado que investem R$ 30 milhões para colocar polícia na rua, realizar a limpeza, montar e desmontar toda infraestrutura, pagar equipes de saúde, etc,

Considerando uma pesquisa divulgada recentemente pelo jornal A Tarde constatou-se que 76% da população de Salvador não pula carnaval, e mesmo os 24% que pulam ficam espremidos entre tapumes e cordas de blocos. Bancar essa festa imensa com dinheiro público é mais injusto ainda. Tá na hora dessa conta mudar de mãos: quem fatura com o Carnaval é que tem que bancar a festa. Elementar meu caro Watson?

Fonte: Jr. Metrópole - Foto: Cordeiros pretos em blocos de brancos

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