Graças à
desgraça que se abateu sobre Santa Maria
– RS, comovendo todo o país, a imprensa, a grande embora de caráter
minúsculo, que não resiste a uma tragédia ou a repercutir possíveis escândalos
petistas, varreu de suas primeiras páginas ou sem a contundência devida, os
dois personagens que disputariam e acabariam ganhando a presidência das duas
casas Legislativas mais importantes do país, a Câmara de Deputados e o
Senado Federal.
Tanto o deputado
Henrique Alves como o Senador Renan Calheiros cujas
reputações públicas rivalizam com aquelas ostentadas por paus de galinheiros se
beneficiaram da enorme repercussão da morte dos mais de 200 jovens, fazendo com
que as denúncias que pairam sobre suas condutas, dentro e fora do ambiente
político, muitas já conhecidas, não tivessem o caráter escandaloso e impeditivo
que merecem e deveriam ter. Mas, eles não perdem por esperar, já que a Policia Federal, o Ministério Público e
o Supremo Tribunal Federal
continuarão em seus encalços, mesmo sabendo que empossados nas Presidências das
Casas, nada os fará apear daqueles assentos onde arriaram as suas consciências.
Impedimento só pelos seus pares e, os pares estão juntos e misturados na mesma
anarquia, na mesma safadeza, na mesma bagunça, no mesmo forró legislativo.
Então, chega a
ser patético a empáfia do Senador Álvaro
Dias (PSDB – PR) exibindo as suas novas madeixas “cor de burro quando foge”
(Que tintura é aquela? Será aquela que Ivete anuncia?), discorrendo sobre a
moralidade, a ética que deve nortear o Senado
Federal. Quem sabe ele esteja fazendo uma profissão de fé na crença de que
seu colega de Senado, Eduardo Azeredo
(PSDB – MG), possa até ser a Geni
do mensalão mineiro, mas uma Geni
que freqüenta os restaurantes dos Jardins,
do Plano Piloto, do Leblon e se cobre com os panos da Oscar Freire, bem diferente da Geni
que acabou de ser eleita e nunca abandonou os cabarés de Maceió.
Foto: Renan Calheiros
Foto: Renan Calheiros
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