É comum em Salvador
em locais como Carlos Gomes, Vitória,
Forte São Pedro e tantas outras localidades residenciais, um espaço entre
uma edificação e outra que dá acesso a uma avenida de casas que não são visíveis
ao nível da rua ou avenida principal. São estas avenidas sem visibilidade que acomoda
um número considerável de casas, algumas bem construídas e bem decoradas sempre
num estilo antigo, com moveis de madeiras tradicionais e escadas para o seu
acesso.
Foi em uma residência dessas entre o Hotel Santiago e A Padaria Favorita no Forte
São Pedro que foi encenada, parte da peça Orgia dentro da programação do Festival
Internacional de Artes Cênica da Bahia, sábado dia 31, pelo grupo de Teatro Kunyn. O estranhamento inicial do
local continua com a interação entre platéia e atores sentados na sala em
cadeiras, no chão ou em pé, falando de livros lidos por quem quisesse participar
do papo, regado a vinho e música de uma antiga radiola que tocava LPs.
Era a partida para que se enveredassem por
temas, políticos, literários, sexuais, minorias, universalismo e tudo mais que
coubesse em discussões sobre a vida e o prazer. Daí um grupo saiu para o Campo Grande onde houve pequenas
encenações até chegar ao ICBA, sede oficial
do evento para o grande "happening" na longa e interessante encenação das
memórias de um escritor argentino no Recife
dos anos 60, “Orgia, ou de com os corpos podem substituir as ideais”.
Foto: Teatro Kunyn
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