Não tenho simpatia por qualquer policia, seja ela civil, militar, federal,
rodoviária, ambiental e tantas quantas houverem por ai. Muito, muito menos com os
acusados e detidos através de operações e mandados em nome de um quixotesco
ideal de passar a limpo o país.
A deformação moral do homem brasileiro é
genética, é parte de seu ser, que nada nem ninguém irá colocar nos trilhos, foi
assim e assim será. “O que não tem vergonha, nem nunca terá/ o que não faz
sentido”.
Mas, a pirotecnia cinematográfica dessas operações em que os acusados,
naquele momento são suspeitos, que podem ser culpados e condenados, mas no
instante da detenção, são tão somente personagens de delações. Assim se reveste
de exagero uso de algemas, camburão, escolta policial, imprensa para documentar
o fato como se fosse a prisão de marginais de alta periculosidade e muitos
serão declarados mesmo.
Mas, ainda não são, até a coleta de provas, julgamento, acesso
dos defensores aos processos, enfim, todo este estofo jurídico que o acusado tem
direito, exceto nos estados ditatoriais. Raspar a cabeça então...; confesso já
ter visto este filme e o enredo é macabro.
Foto: Ilustrativa