segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Tem veneno no samba


Mesmo bem antes do Carnaval e da execução nas rádios, exceto no Rio, o samba-enredo da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, para avenida Sapucaí deste ano, já é um sucesso de críticas e reações iradas de setores do agronegócio. Tudo porque ao homenagear o Povo do Xingu faz alusões ao desmatamento e ao agronegócio com o envenenamento lento da população através da utilização de defensores agrícolas, nocivos a saúde de todos nós. 

Os canais de televisão dedicados ao meio rural tem feito criticas à escola, mobilizando  agricultores, produtores rurais, suas associações e até a bancada ruralista no Câmara de Deputados contra o enredo,  fantasias e alas da Imperatriz Leopoldinense. Segundo a direção da escola pretendeu apenas lembrar as dificuldades e lutas do povo do Xingu e o clamor que vem da floresta em sua luta por anos e século em respeito as suas terras como primeiros habitantes do país. 

Uma luta em que o capital ruralista com a condescendência dos órgãos oficiais tem sempre levado a melhor com o passar dos tempos. E afinal, falta espírito esportivo aos barões do negócio para entender que tudo é Carnaval e acaba em samba na quarta-feira de cinzas, bem como na desimportância oficial e secular que o povo indígena sempre padeceu.

Foto: Ilustrativa

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