Mesmo bem antes do Carnaval
e da execução nas rádios, exceto no Rio, o samba-enredo da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense,
para avenida Sapucaí deste ano, já é um sucesso de críticas e reações iradas de
setores do agronegócio. Tudo porque ao homenagear o Povo do Xingu faz alusões ao desmatamento e ao agronegócio com o
envenenamento lento da população através da utilização de defensores agrícolas,
nocivos a saúde de todos nós.
Os canais de televisão dedicados ao meio rural
tem feito criticas à escola, mobilizando agricultores, produtores rurais, suas
associações e até a bancada ruralista no Câmara
de Deputados contra o enredo, fantasias e alas da Imperatriz Leopoldinense. Segundo a direção da escola pretendeu
apenas lembrar as dificuldades e lutas do povo do Xingu e o clamor que vem da
floresta em sua luta por anos e século em respeito as suas terras como primeiros
habitantes do país.
Uma luta em que o capital ruralista com a condescendência dos
órgãos oficiais tem sempre levado a melhor com o passar dos tempos. E afinal,
falta espírito esportivo aos barões do negócio para entender que tudo é Carnaval e acaba em samba na
quarta-feira de cinzas, bem como na desimportância oficial e secular que o povo indígena sempre padeceu.
Foto: Ilustrativa
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