Em todas as capitais brasileiras, pelo menos aquelas com apelo e
maior peso turístico esperam a passagem do ano com queima de fogos na praia, da
qual Copacabana é a mais emblemática.
Era também assim em Salvador, que
hoje deve perder para Fortaleza em
concentração popular, e foi inesperadamente transferida para a Praça Cairu e seus shows na Avenida Contorno, numa espécie de “corredor
polonês” que a malandragem da área, e afins, agradece penhoradamente.
Sem uma consulta popular quanto ao novo local da comemoração, a
administração da cidade, numa arrogância que lhe é peculiar e familiar, jogou
na cara da população uma pesquisa sobre a aprovação da transferência que tem a
mesma credibilidade de certas declarações políticas. A origem da pesquisa,
patrocinada pelo “pasquim da família”, o Correio,
tenta encobrir a pressão de moradores da Barra
e adjacências, que já não aguentam mais tanta festa e manifestações.
Mesmo assim, com o “cala boca” de que lá e em outros dez pontos da
cidade teriam suas queimas de fogos, em tempo menor que o da Cairu, mas teria, e foi um fiasco A
multidão que lotou, por exemplo, toda a extensão da Barra, do Porto ao Cristo, acreditou e muito, pois o contingente
de baianos e visitantes que pra lá se deslocou, viu uns foguetes marotos, uns
traques coloridos e fumaça, muita fumaça. Prova de que aquele povo todo preferia
a Barra que o corredor polonês da Av. Contorno.
Foto: Ilustrativa
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