segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Corredor polonês

Em todas as capitais brasileiras, pelo menos aquelas com apelo e maior peso turístico esperam a passagem do ano com queima de fogos na praia, da qual Copacabana é a mais emblemática. Era também assim em Salvador, que hoje deve perder para Fortaleza em concentração popular, e foi inesperadamente transferida para a Praça Cairu e seus shows na Avenida Contorno, numa espécie de “corredor polonês” que a malandragem da área, e afins, agradece penhoradamente.

Sem uma consulta popular quanto ao novo local da comemoração, a administração da cidade, numa arrogância que lhe é peculiar e familiar, jogou na cara da população uma pesquisa sobre a aprovação da transferência que tem a mesma credibilidade de certas declarações políticas. A origem da pesquisa, patrocinada pelo “pasquim da família”, o Correio, tenta encobrir a pressão de moradores da Barra e adjacências, que já não aguentam mais tanta festa e manifestações.

Mesmo assim, com o “cala boca” de que lá e em outros dez pontos da cidade teriam suas queimas de fogos, em tempo menor que o da Cairu, mas teria, e foi um fiasco A multidão que lotou, por exemplo, toda a extensão da Barra, do Porto ao Cristo, acreditou e muito, pois o contingente de baianos e visitantes que pra lá se deslocou, viu uns foguetes marotos, uns traques coloridos e fumaça, muita fumaça. Prova de que aquele povo todo preferia a Barra que o corredor polonês da Av. Contorno.

Foto: Ilustrativa

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