Há muito tempo que o verdadeiro carnaval do Rio se dá nas ruas, podendo ser no Centro, Lapa, Copacabana, Zona Norte e por aí a fora, arrastando uma
multidão que chega a hum milhão de pessoas, como o Monobloco, comandado pelo Pedro
Luís e seu enorme contingente de batuqueiros. Embora a opção da mídia, em
especial da TV Globo e sua idiota
exclusividade seja pela transmissão dos desfiles das escolas de samba, até mesmo de São Paulo; o que é a natureza, carnaval
paulista.
Mas, voltando ao que interessa, o carnaval de rua, inicio mesmo do
carnaval, toda esta folia carioca funciona sem cordas para separar o quê de
quem, como fazem estes mercenários do carnaval de Salvador, cujo pote de ouro dá sinais de esgotamento.
Em 2010 assisti uma apresentação na Concha Acústica, do Monobloco,
ainda que sem a presença do Pedro Luís,
mas com seus vocalistas e uma percussão poderosa. Pela quantidade de
percussionistas pode se assemelhar aos nossos Timbalada e Olodum, mas a
semelhança fica apenas no número de músicos, já que no Monobloco não há espaço para óculos coloridos, corpos pintados,
cabelos espalhafatosos e coreografia, só música brasileira prá dançar, dançar
sem parar.
Como a sua produção havia disponibilizado uma cortesia para o show,
fui antes do espetáculo ao Hotel Marina, na Vitória, onde estavam hospedados e eles falavam da expectativa da
apresentação, embora contassem com a receptividade carnavalesca da plateia
baiana. Não deu outra, num domingo de sol, após a praia, a Concha fez um carnaval contagiante e o Monobloco correspondeu; gente jovem fazendo musica brasileira
dançante em alta sintonia. Inesquecível
Foto: Monobloco
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