quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Bom de bola



A maioria da história dos jogadores de futebol se parece. Família humilde, baixa escolaridade, dificuldade financeira o futebol acaba sendo uma possibilidade para uma vida profissional. A de Wallace, zagueiro do Vitória, não diferiu muito desta realidade. Desde cedo, com 11 anos, chegou a Toca do Leão para ser jogador, mas logo aos 17 foi surpreendido com a paternidade de Lucas, seu primeiro filho, com sua primeira namorada e hoje esposa.

Época difícil, o Vitória rebaixado, salário atrasado, foi trabalhar como vendedor de roupa, mesmo sem nenhuma habilidade para vendas, como complemento da renda e, com toda essa luta, conseguiu a projeção nacional em grandes clubes como Corinthians e Flamengo e hoje de volta ao rubronegro baiano.

O zagueiro do Vitória contraria todos os estereótipos que são atribuídos a jogadores de futebol. Anda com uma mochila carregada de livros, tem pavor a seguir modinhas e, ainda por cima, tem “espírito de velho”, como ele mesmo diz.

Ao abrir a sua mochila, nota-se um exemplar da revista Piauí, além de quatro livros: Programação Neurolinguística, Os Axiomas de Zurique, Crítica da Razão Pura e A Lei - Por que a Esquerda Não Funciona?. E agora se prepara para lançar um documentário sobre a sua trajetória brilhante, porém marcada pelos obstáculos comuns a jovens sem berço esplêndido, com a grande maioria dos brasileiros

Foto: Wallace e Lucas

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