Vivo fosse poderia constatar entre cético e espantado que a
despeito da lambança institucional que vivemos e que não é de agora, mas secular
quem sabe, que atravessamos como sobreviventes de uma guerra diária com a cordialidade
que alguém também pensou um dia ser uma de nossas características, sem negar
mesuras aos nossos e aos que nos visitam.
Ainda não endurecemos por completo, o coração; não escondemos a
mão fugindo da saudação; não esboçamos qualquer sinal de irritação aos que nos
pedem ajuda; não escondemos o passo, quando o samba se apresenta; o quadro
social de uma realidade crua não atrapalha o enredo de quem não perde a
esperança por melhores dias, mesmo que eles demorem, mesmo que eles jamais
venham.
Foto: Ilustrativa
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