terça-feira, 12 de setembro de 2017

Chapa branca


Não vi, nem verei, Policia Federal – A lei é para todos, mesmo assim não me furtarei a falar, mal, do filme, com base naquilo que já li e que é suficiente para enquadrá-lo como chapa branca, aqueles documentários, ou mesmo uma obra ficcional, como seu diretor o considera, que são feitos como louvações as instituições públicas. 

Este é um registro da Operação Lava-Jato e da atuação policial no episódio, mesmo que as investigações e os seus desdobramentos ainda estejam em curso. O fato de ter se baseado em um livro que transcreve entrevistas com policiais federais, mostra que o que se verá na tela do cinema é o lado dos heróis, dos guardiões das honras nacionais. 

O cuidado de não parecer, o que na essência é, leva o diretor e o seu roteirista a seguirem o figurino, recusando as isenções fiscais da criminalizada Lei Rouanet para se manter ao longe de acusações entre coxinhas x petralhas, caindo nas doações de empresários que preferiram o anonimato, sem a divulgação de seus nomes e empresas, como se isto significasse algum atestado de independência. 

Em resumo, o filme é nitidamente antipetista, segundo críticos que fizeram avaliação do tapete vermelho por onde celebridades da Lava-Jato desfilaram na pré-estréia do filme, tanto que o diretor promete na continuidade não dourar a pílula dos demais partidos, a exemplo de PSDB ou PMDB. Melhor seria ter mantido uma neutralidade numa trama que é política e que poderia conferir maior credibilidade ao que se viria na tela. 

Foto: Ilustrativa

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