Não vi, nem verei, Policia
Federal – A lei é para todos, mesmo assim não me furtarei a falar, mal, do
filme, com base naquilo que já li e que é suficiente para enquadrá-lo como chapa
branca, aqueles documentários, ou mesmo uma obra ficcional, como seu diretor o considera,
que são feitos como louvações as instituições públicas.
Este é um registro da Operação Lava-Jato e da atuação
policial no episódio, mesmo que as investigações e os seus desdobramentos ainda
estejam em curso. O fato de ter se baseado em um livro que transcreve
entrevistas com policiais federais, mostra que o que se verá na tela do cinema
é o lado dos heróis, dos guardiões das honras nacionais.
O cuidado de não
parecer, o que na essência é, leva o diretor e o seu roteirista a seguirem o
figurino, recusando as isenções fiscais da criminalizada Lei Rouanet para se manter ao longe de acusações entre coxinhas x petralhas, caindo nas
doações de empresários que preferiram o anonimato, sem a divulgação de seus
nomes e empresas, como se isto significasse algum atestado de independência.
Em
resumo, o filme é nitidamente antipetista, segundo críticos que fizeram
avaliação do tapete vermelho por onde celebridades da Lava-Jato desfilaram na pré-estréia do filme, tanto que o diretor
promete na continuidade não dourar a pílula dos demais partidos, a exemplo de PSDB ou PMDB. Melhor seria ter mantido uma neutralidade numa trama que é política
e que poderia conferir maior credibilidade ao que se viria na tela.
Foto: Ilustrativa
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