O que espanta no comportamento do presidiário Antonio Palocci diante do tribunal de inquisição da República de Curitiba não é a revelação
de fatos perfeitamente possíveis de ter ocorrido, visto o seu histórico no
episódio do caseiro Francenildo Costa, mas revelações fora do contexto de qualquer delação premiada, portanto sem qualquer beneficio em sua pena.
Naquela ocasião o funcionário da mansão onde trabalhava teve o seu sigilo bancário na Caixa
quebrado, após ter denunciando o então Ministro
Palocci de promover orgias com empresários e arrecadar propinas em uma
mansão em Brasília. Episódio
revelador de seu caráter ou falta dele, em 2006, ano em que as denuncias sobre o Mensalão no auge da ebulição corriam
sem parar.
O fato de prestar depoimento sem que nada lhe fosse oferecido em
troca, já que não fizera parte de uma delação premiada, talvez pela
desconfiança do que ele seria capaz de revelar, mas a de assumir o papel de
dedo-duro, traíra, relés alcaguete com o único objetivo de parecer simpático
colaborador junto aos seus inquisidores. Pobre diabo, nada lhe trará em troca,
a não ser um rasgo a mais em sua reputação aos frangalhos.
Foto: Ilustrativa
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