quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Se apostei e se perdi, as emoções vivi.


A ser verdade, e em parte é, o que se comenta das apostas realizadas e perdidas na recente campanha política da cidade alegre, o volume financeiro e material assume dimensões extravagantes e inusitadas. O perde e ganha envolveu de tudo, desde dinheiro em primeiro lugar, a motos, casas, grades de cervejas, bicicletas, posses de terrenos até um galo de briga campeão, de uma rinha clandestina na Rua da Mistura. Os perdedores, impossibilitados de recorrer ao PROCON para as suas queixas e lamentações, por serem as apostas um fio de navalha entre a ilegalidade e a liberação, haja vista ser o governo através da Caixa o grande incentivador e bicheiro de tantas apostas, vão mesmo é ter que chorar no pé do caboclo ou se queixar ao bispo.

Em uma coisa os perdedores estão unidos em seus protestos. A culpa, de quem é a culpa, tem culpa eu? Não, a culpa é da pesquisa que circulou nos dias finais da campanha e que dava ao candidato da situação uma vitória folgada com os tais 14,9% de frente. Para um universo de 10.000 eleitores, significava uma vitória em torno de 1.500 votos, segundo o cacique-mor dos “55” o incentivador, segundo os perdedores, da barbada que era aquela parada. E a moçada foi fundo na confiança ao “big brother”, apostando o que se tinha e o que se imaginava ter, certa de uma vitória certa. O que se viu é do conhecimento público e o importante é que, quem ganhou ou perdeu, muitas emoções viveu. Mais que isto, só a gafieira do cabaré de Rosália.

Hoje, sintonizando a Rádio Jacobina Fm, ouvi a noticia, que carece de confirmação, de que alguns tribunais estão acatando as reclamações de perdedores de apostas e que foram induzidos ao erro do jogo e do voto por pesquisas de origem duvidosa espelhadas por caciques políticos e aprendizes de ditadores. Alem do ressarcimento aos perdedores das quantias e bens perdidos, a coligação e suas pesquisas mentirosas terão quer arcar com uma multa que pude alcançar dois milhões de reais. Nem o freio brusco de uma carreta desgovernada poderia provocar estrago semelhante. “Ou restauremos a moralidade ou nos locupletemos todos”, como dizia o saudoso Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.

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