domingo, 14 de outubro de 2012

Nossos ídolos serão sempre os mesmos.


Quem acompanhou ou participou dos movimentos estudantis em qualquer parte do país antes da edição do AI-5, em dezembro de 68, conhece as nossas lideranças do movimento como Luís Travassos, José Genoino, Vladmir Palmeira e José Dirceu, por exemplo, que após a consumação, de fato, da ditadura deram às suas vidas rumos distintos, mas sempre mirando a redemocratização do país. Dando um salto no tempo vemos hoje alguns destes nomes e personalidades políticas de clara importância na recente história do país, sendo linchados e execrados publicamente por conta de uma acusação, sem qualquer prova documental, apenas testemunhais e de caráter duvidosa, abrigada sob o manto do “mensalão” ou da “ação penal 470” como querendo dar legitimidade ao massacre inquisitorial.

É certo e fato que a direita conservadora e seus jornalistas de aluguel acampados em uma mídia que é reflexo desta elite branca e perversa nunca aceitou a eleição de Lula, nem o poder que o Partido dos Trabalhadores - PT foi conquistando em cargos do Legislativo e Executivo nos estados e municípios até chegar á Presidência da Republica.  Uma rápida passagem pelo jornalismo que se fez desde então é prova de como estes políticos e seu partido são tratados com o sem motivação para os ataques e ilações. Sempre andaram como cães farejadores em busca de qualquer deslize para destilar seu ódio e ressentimento contra estes descamisados nordestinos que querem se perpetuar no poder a troca de qualquer coisa inclusive de um abstrato “mensalão”. Quem se deu o trabalho de acompanhar e ainda segue esta pantomima jurídica e jornalística verá ou perceberá a clara intenção daqueles senhores em não acatar qualquer elemento ou argumentação da defesa. Em alguns momentos chegou-se ao absurdo de ver alguns destes senhores togados dormirem no plenário enquanto os advogados dos acusados, como o jovem e brilhante Dr. José Luis Oliveira Lima, tentavam desmontar a farsa midiática, vislumbrando um possível viés não condenatório na sentença. Ingenuamente. Tudo já estava definido conforme o script da direita conservadora e hostil.

Julgados, condenados, acusados de quadrilheiros, bandoleiros, elementos perniciosos, reles bandidos, ladrões dos cofres públicos resta agora determinarem o local da execução que tanto pode ser em frente ao prédio de O Globo, com transmissão ao vivo no Jornal Nacional, ou aramarem o cadafalso frente à Folha ou ao Estadão pelos serviços prestados aos seus patrões. “Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos companheiros” (Che Guevara).

Fotos: José Dirceu (anos 60)

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