sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Eita! Eita! Parada de insucessos.



Aos poucos vai se revelando o arsenal alegórico e musical com que os perdedores de hoje comemorariam a vitória de amanhã, se tivesse havido amanhã. A paródia preparada para a comemoração dos 51 (uma boa ideia) + 4 (cavaleiros do após cacique) foi apropriada, muito justamente, pela chapa vitoriosa para colorir ou embaçar ainda mais o pesadelo dos que ainda não acordaram do sono pesado da madrugada de domingo para segunda-feira “40”. A paródia, cujo refrão “zum, zum, zum baba” foi chupado de uma música de Daniela Mercury, com que se imaginava ver fora da cidade levados em cima de uma carreta, os seus adversários, como gostariam, são os vencedores de hoje, o que dá a tal paródia uma conotação mais engraçada que se fosse utilizada mesmo pela horda “55”. O inesperado fez uma surpresa, transformando o insucesso em um estrondoso sucesso do lado de cá.

O mais curioso é a compra de 1.000 pinicos que também seriam utilizados na festa que não houve. Em que ala, em que comissão, em que grupo de passistas o obsoleto utensílio de uso na higiene doméstica seria introduzido ou o que nele se introduziria é um mistério escatológico que só a diretoria de assuntos aleatórios poderia decifrar. Talvez para coletar do jegue com suspensório, outro elemento alegórico que também comporia o desfile adiado e espera-se prá sempre sepultado, os votos que não saíram das urnas e que foram brotar de onde menos se esperava e, que acabaram por determinar a derrota com suas bandeiras arriadas, mas com os pinicos cheios (De votos. Nulos e brancos). Uma auditoria instalada no primeiro dia da nova administração talvez pudesse vir esclarecer em que plano de contas, em que parte da estrutura contábil se encaixaria esta diarreia fiscal e sua superfaturada e fria Nota, como se deduz. Além de outros mistérios que pintaram por aí.

Não é comum uma derrota tão acachapante como esta que se deu na cidade alegre, embora esperada o seu resultado foi surpreendente pelo seu grau de estrago e destruição. Como uma espécie do furacão Katrina chegou devastando candidatos, derrubando reputações, arrastando vereadores do peito, revelando jovens lideranças políticas que por certo no futuro guiarão os destinos do município.
Quanto aos pinicos: Deu (*).

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