terça-feira, 2 de outubro de 2012

Onde tudo é ruína, aqui é construção.


Nova ida a Salvador e novo desencanto com os rumos que a cidade inerte trilha como um ser desprovido de vida, de alma, de horizonte à vista além de seu próprio abismo. Impossível acreditar que uma administração pública possa legar a uma cidade tamanho fardo de desleixo e incompetência no trato de suas coisas mais simples. A limpeza urbana, o transporte público, seus espaços de lazer, sua orla tudo é ruína por mais que se queira dar impressão de que algo esteja sendo feito, já que nada está sendo feito e, muito menos será neste final melancólico após dois mandatos. Se foi para isto que Fernando Henrique Cardoso, o príncipe da sociologia mulata, fez seu mensalão do bem, a compra de votos família, uma adesão natural como as águas do Tietê, a sua pretensão de mais um mandato, uma reeleição, estamos feitos! Deu água ou lama de cima abaixo no escalão do executivo, seja federal, estadual ou municipal onde ninguém é de Deus e os demônios habitam estes reinos.

Mas continuo admirando as obras da Arena Fonte Nova e o estágio de sua construção cujo anel de arquibancada se encontra praticamente pronto, tendo como fase importante de seu cronograma agora, a colocação de sua cobertura, provavelmente a mais complexa etapa de sua próxima conclusão. Pela quantidade guindastes, fios, cabos de aço que cruzam o espaço aberto da Arena todos estes meses finais de 2012 serão dedicados à enorme estrutura que protegerá os torcedores das pancadas de chuva e sol, já que das bordoadas das torcidas organizadas só as águas do Dique e seus Orixás poderão nos livrar.

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