Reta final da campanha eleitoral para escolha de prefeitos, vices e vereadores em todo país, cria um frisson, uma tensão que se espalha entre participantes e eleitores queiram ou não o envolvimento na disputa. As vitórias são cantadas sem o menor critério de avaliação, mas apenas movidas pela paixão, o grande combustível que alimenta o sonho, a crença em que seu candidato é o melhor. Daí para prognósticos fantasiosos, pesquisas delirantes, afirmações que beiram a leviandade tudo é possível e acabam fazendo parte do jogo.
Com relação às pesquisas dos institutos de opinião, sempre que se ouve ou lê o resultado delas vêem à tona os resultados dos principais órgãos pesquisadores, a exemplo do Datafolha, Ibope ou Vox Populi com relação a eleição de 2006 em nosso estado. O candidato do PFL (ou já seria DEMo?), Paulo Souto, até no dia da eleição aparecia à frente do candidato do PT, Jacques Wagner, sinalizando a hipótese de um segundo turno. Qual o quê! Abertas as urnas, para espanto de tantos, o candidato petista levou a chefia do governo do estrado, no primeiro turno, para o desmoronamento do “velhote inimigo que morreu ontem”, que em uma imagem antológica em seu gabinete, sentado com os cotovelos sobre as pernas segurava a cabeça que àquela altura dos fatos girava que nem um pião desgovernado. É o resultado constrangedor de uma pesquisa cruel.
Aqui na cidade alegre não é diferente. Cada beco, cada esquina onde se reúne uma “meia dúzia de três ou quatro” está em andamento uma filial do “datafolha” ou do “ibope”, trabalhando com a mesma credibilidade de pau de galinheiro.
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