... Os enternecedores olhos verdes do companheiro
governador de Pernambuco, neto do
lendário Miguel Arraes, subitamente
se tornaram opacos, aquele seu sorriso franco ganhou um esgar de falsidade. Aquele
seu espírito de realizador, na verdade não passava do cínico oportunismo de um
aproveitador mal agradecido, que ganhou todos os mimos do papai presidente e da
mamãe presidenta, mas cuspiu no prato em que comeu.
... Eduardo
Campos
cometeu o maior dos pecados que pode cometer um tutelado do poder: anunciou a
sua intenção de tentar a sua carreira solo, de candidatar-se à presidência da República fora do regaço paterno, deu
uma guinada à direita. Transformou-se em instrumento da burguesia e não
passarão nem 7 dias nem 7 noites para tornar-se, pasmem todos, num coxinha reaça, que é o maior e mais profundo
dos insultos que o novo dicionário ideológico pós marxista foi capaz de
produzir neste começo de século.
... Além da danação do fogo
eterno a que condena o desertor, o texto, que Eduardo Campos chamou de “ataque covarde”, antecipa as fortes
emoções que o alto nível e a delicadeza do debate programático sobre os
problemas brasileiros nos proporcionará na campanha eleitoral de 2014.
Texto: Fragments do artigo Sandro Vaia
Foto: Eduardo Campos
Nenhum comentário:
Postar um comentário