sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Radiografia de um "traíra"

... Os enternecedores olhos verdes do companheiro governador de Pernambuco, neto do lendário Miguel Arraes, subitamente se tornaram opacos, aquele seu sorriso franco ganhou um esgar de falsidade. Aquele seu espírito de realizador, na verdade não passava do cínico oportunismo de um aproveitador mal agradecido, que ganhou todos os mimos do papai presidente e da mamãe presidenta, mas cuspiu no prato em que comeu.

... Eduardo Campos cometeu o maior dos pecados que pode cometer um tutelado do poder: anunciou a sua intenção de tentar a sua carreira solo, de candidatar-se à presidência da República fora do regaço paterno, deu uma guinada à direita. Transformou-se em instrumento da burguesia e não passarão nem 7 dias nem 7 noites para tornar-se, pasmem todos, num coxinha reaça, que é o maior e mais profundo dos insultos que o novo dicionário ideológico pós marxista foi capaz de produzir neste começo de século.

... Além da danação do fogo eterno a que condena o desertor, o texto, que Eduardo Campos chamou de “ataque covarde”, antecipa as fortes emoções que o alto nível e a delicadeza do debate programático sobre os problemas brasileiros nos proporcionará na campanha eleitoral de 2014.

Texto: Fragments do artigo Sandro Vaia
Foto: Eduardo Campos

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