O “Vila
Velha” foi o primeiro teatro que frequentei em Salvador, quando cheguei por aqui para fazer o cientifico no Colégio da Bahia. Ainda vi em muros e prédios,
como o do Mosteiro de São Bento,
fragmentos dos cartazes que anunciavam o espetáculo “Nós, por exemplo,”, que marcaria o início de carreira de jovens
talentos da música brasileira como Caetano,
Gil, Gal e Betânia.
Cheguei depois do acontecimento, mas dos anos
70 em diante estive presente em grande parte de sua programação de shows e
peças que agitaram a vida cultural de uma Salvador,
ainda provinciana. Foi lá o Desembarque
dos bichos depois do dilúvio universal, show onde os Novos Baianos, numa zona generalizada com destruição do cenário
entre outras maluquices, se despediam da cidade e partiam para o “sul maravilha”
em busca da consolidação de uma carreira, vitoriosamente conquistada.
Alí também os
jovens e talentosos atores do grupo carioca Asdrúbal trouxe o trombone com Regina
Casé, Luís Fernando Guimarães, Evandro Mesquita, Patricia Travassos encantaram
por vários dias, plateias seduzidas pela ousadia e pela linguagem coloquial, própria
de quem fala para os seus iguais, jovens tambem, em Trate-me leão. E shows musicias, muitos e em
vários momentos de sua história.
Pois é esta história que este ano completa,
cinquentenário, renovado desde que o diretor Márcio Meireles assumiu a sua direção e foi, e é responsável por
espetáculos modernos e de sucessos de bilheteria, como aqueles protagonizados
pelo Bando de Teatro Olodum, uma de
suas muitas criações. Parabéns ao Vila
cinquentão!
Foto: Teatro Vila Velha
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