sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Salve o "Vila" cinquentão!

O “Vila Velha” foi o primeiro teatro que frequentei em Salvador, quando cheguei por aqui para fazer o cientifico no Colégio da Bahia. Ainda vi em muros e prédios, como o do Mosteiro de São Bento, fragmentos dos cartazes que anunciavam o espetáculo “Nós, por exemplo,”, que marcaria o início de carreira de jovens talentos da música brasileira como Caetano, Gil, Gal e Betânia.

Cheguei depois do acontecimento, mas dos anos 70 em diante estive presente em grande parte de sua programação de shows e peças que agitaram a vida cultural de uma Salvador, ainda provinciana. Foi lá o Desembarque dos bichos depois do dilúvio universal, show onde os Novos Baianos, numa zona generalizada com destruição do cenário entre outras maluquices, se despediam da cidade e partiam para o “sul maravilha” em busca da consolidação de uma carreira, vitoriosamente conquistada. 

Alí também os jovens e talentosos atores do grupo carioca Asdrúbal trouxe o trombone com Regina Casé, Luís Fernando Guimarães, Evandro Mesquita, Patricia Travassos encantaram por vários dias, plateias seduzidas pela ousadia e pela linguagem coloquial, própria de quem fala para os seus iguais, jovens tambem, em Trate-me leão. E shows musicias, muitos e em vários momentos de sua história.

Pois é esta história que este ano completa, cinquentenário, renovado desde que o diretor Márcio Meireles assumiu a sua direção e foi, e é responsável por espetáculos modernos e de sucessos de bilheteria, como aqueles protagonizados pelo Bando de Teatro Olodum, uma de suas muitas criações. Parabéns ao Vila cinquentão!

Foto: Teatro Vila Velha

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