terça-feira, 25 de setembro de 2012

Lá como cá os foguetes espocam no ar


                                                                     
Em Morro do Chapéu como os morrenses. Em poucos dias, alguns momentos, talvez horas, ouço, absorvo e falo “moço”, “prosa ruim”, “deixa quieto”, “e aí cumpade” como se fosse um deles e pudesse desfrutar e difundir a simpatia e a hospitalidade própria da cidade. O momento, no entanto, que vive a cidade é similar a qualquer outra cidade interiorana e suas disputas pré-eleitorais. Os mesmos comícios, carreatas, músicas e foguetes. Quanto aos foguetes há controvérsias. Por aqui, o que se explode de foguetes a qualquer hora do dia é o equivalente a toda campanha de muitas cidades do estado. Com ou sem razão, haja ou não concentração de candidatos, os foguetes varam o céu da cidade anunciando... nada importante, a registrar ou comemorar, apenas uma superioridade barulhenta na falta de outros atributos a serem exibidos. 

Vale notar que lá, ali, aqui e acolá a farra pirotécnica tem sempre uma origem e, ela está nas ruas, praças e becos de onde e de quem deveria vir o exemplo, a conduta irretocável para uma autoridade eleita e legalmente constituída, mas tentando a reeleição. É a velha viúva bancando o convescote com o dinheiro público. Nisto todas estas cidades que têm um candidato buscando a reeleição se equivalem. São iguais na gastança de gasolina ou outro combustível, até bujão de gás, foguetes, carros de som, peça publicitárias, compras de votos e todas estas iniquidades que a velha política assistencialista e formadora de currais eleitorais é capaz. E isto não cabe em uma ficha, suja ou mesmo limpa, mas num rolo de papel higiênico onde a biografia destes gestores será escrita, se que alguém, algum dia se deterá na vida pregressa destes aleijões sociais e políticos.    

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