Só o fanatismo e o amor, muito amor, ao futebol para encarar as cidades-sedes daquelas competições com seu cardapío diário de indigências humanas que beiram a bárbarie dos primórdios da civilização. Mulheres estrupadas em vans ou ônibus urbanos, arrastões em restaurantes de bairros elegantes ou pés de chinelos, brigas e mortes no caótico trânsito das cidades, roubos, em pontos turísiticos, de câmaras fotográficas, óculos e bolsas, tiroteio a qualquer hora do dia entre bandos de traficantes nas periferias ou centro, mortes banais por celulares, tênis ou boné, enfim uma desorganização urbana e uma chaga social que tão cedo não será cicatrizada.
Todos nos que habitamos estas cidades sabemos do risco que todos estarão expostos, nativos ou visitantes, mesmo com a parafernália eletrônica que será montada para dar a impressão que aqui se vive em paz, a paz dos cemitérios, por mais que a imprensa internacional faça muxoxo.
É certo que entre os que por descuido nos visitarão, nem todos são “moças de fino trato”, estão aí os torcedores de times ingleses, alemães e holandeses para mostrar que a bagunça e a violência de torcida de futebol não tem paternidade. (Os corintianos inventaram o uso de sinalizadores). Só que lá, eles são capazes de oferecer ou disponibilizar mecanismos de segurança aos torcedores visitantes de todos os paises, que viabilizam uma festa, um grande evento, com um mínimo de urbanidade.
Foto: Caxirola
Nenhum comentário:
Postar um comentário