sexta-feira, 31 de maio de 2013

O poder da arquitetura católica.


Que bom, rever Salvador contrariando o serviço de meteorologia que previa assustadoras pancadas de chuva, ao contrário dos “dias de luz, festa do sol”, por enquanto, e o Porto da Barra fervilhando de encantamento. O por do sol visto do Santo Antonio além do Carmo no final da tarde de ontem é pura contemplação, enquanto nos dirigíamos ao Hotel Pestana Convento do Carmo para uma recepção a familiares procedentes de São Paulo para a festa dos 100 anos de Dona Lourdes. Instalações luxuosas e modernas numa construção secular foi a saída como deve ser para todas e tantas edificações monumentais, símbolos do poder da Igreja Católica por séculos e séculos, amém, como forma de preservação de tão rico patrimônio arquitetônico. Grossas paredes, colunas de uma largura equivalente a uma porta, arcadas, portas de madeira maciça nos faz viajar pela história e pela vaidade arrogante com que a Igreja se impôs por tanto tempo, sempre ao lado dos poderosos numa troca de mesuras que se sustentavam e se mantinham através dos tempos.

Todo o bairro de Santo Antonio hoje experimenta uma corrida imobiliária silenciosa que transforma seus antigos casarões em hotéis e pousadas sempre gerenciada e adquirida por suíços, alemães, franceses e italianos que imprime uma certa elegância europeia ao seu modo pacato e interiorano de viver. A cidade começou por aqui, como mostram suas ruas estreitas, suas praças com coretos e uma profusão de igrejas caindo aos pedaços, algumas, e bares de classe médias espalhados por suas calçadas faz do Santo Antonio um bairro simpático e acolhedor.

Foto: Interior do Hotel Convento do Carmo

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