Para fechar o domingo de festa e alegria que vivi no dia 19 de maio, fui a Concha Acústica do Teatro Castro Alves assisti ao show dos Paralamas passando a limpo seus 30 anos de carreira. A plateia acompanhou como seguidores de uma das bandas mais criativas do Rock Brasil 80, mas a chuva não. Aliás, a chuva também, pois caiu impiedosa durante todo o dia desde o amanhecer, todo o tempo que durou a apresentação e prosseguiu madrugada adentro. Muita água por fora e por dentro Além do prazer e do copo plástico com cerveja permitido nas dependências da Concha fazia parte da indumentária da plateia, uma capa plástica vendida na entrada como companhia ao guarda chuva também adquirido no local ou trazido de casa.
O acidente que deixou paraplégico o guitarrista e “bandleader” da banda, Herbert Viana, não lhe tirou as qualidades de grande músico nem o pique roqueiro de inicio de carreira, mesmo que o vigor juvenil tenha cedido lugar a maturidade também criativa. Escudado pelos fieis companheiros João Barone na bateria, Bi Ribeiro no baixo, Herbert Viana vai encadeando um sucesso atrás do outro, sinalizado por um imenso painel de alta definição no fundo do palco com a capa do disco e o ano de seu lançamento. Sem ordem cronológica tanto podiam ser executadas Alagados e A Novidade do disco Selvagem de 1986, como Lourinha Bombril e La bella luna de 1996, do disco Nove luas ou Vital e sua moto e Cinema mudo do disco de estreia, também intitulado de Cinema mudo de 1983.
Uma carreira vitoriosa deste grupo e mais o Legião, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Ira, Capital Inicial, Biquíni Cavadão tornaram a música brasileira mais vibrante, alegre e jovem por toda a década de 80 e para sempre. Amém!
Foto: Paralamas
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