Com toda esta zoeira em torno dos torcedores do Barcelona de Itinga, eles sempre imaginam ter um ás de ouro disponível no bolso para momentos aflitivos como os que estão vivendo, e fazer uso quando se sentem acuados, como agora. São as tais estrelas cadentes e enferrujadas, obras do acaso e da bagunça que é o futebol brasileiro. A primeira nunca foi reconhecida e mesmo assim ostentavam com a ousadia de quem se apropria de que não lhe pertence. Um mero amistoso entre o campeão do torneio Rio-São Paulo, contra o campeão nordestino, sem nenhum reconhecimento da CBD, hoje CBF, ganhou ares de nacionalidade só agora reconhecida por esta mesma CBF, após muita pressão de clubes cariocas e paulistas interessados de que algumas disputas semelhantes, também não oficiais, se transformassem em títulos nacionais. Como os sulistas conseguiram dobrar a cartolagem do futebol, impondo sua vontade depois de tanto tempo, foram premiadas as lagostas, sobrando também para a sardinha.
Quanto ao título de 1988, este sim uma obra do mais absoluto acaso e consequência da diáspora do futebol brasileiro após a derrocada da nossa seleção na Copa de 1986, no México, ganha pela Argentina, quer dizer Maradona. Os jogadores brasileiros se espalharam pela Europa e Ásia, deixando o cenário de terra arrasada em nossos grandes times, possibilitando que qualquer sardinha pudesse pleitear a conquista do título de campeão brasileiro, o que veio acontecer de fato. Quanto às estrelas... ah, as estrelas!.
Fotomontagem: Facebook
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