terça-feira, 30 de junho de 2015

Trotando nos 7 x 1


Charge: Aroeira

Marieta Severo - Uma brasileira

Faustão veio, diante de Marieta, com o clichê obtuso do “país da desesperança”, algo que tem um apelo extraordinário para analfabetos políticos que batem panelas e vestem camisas da seleção em manifestações estimuladas pela mídia.

E Marieta rebateu com a inclusão social, que a mídia finge não ter importância nenhuma como se fôssemos a Suécia ou a Dinamarca. E Marieta viralizou porque ela falou por muitos brasileiros que já não suportam mais tanta empulhação. Foi a mesma coisa que ocorreu quando Boechat mandou Malafaia procurar uma rola. Quantos de nós não gostaríamos de dizer uma coisa dessas para Malafaia?

Marieta trouxe a inclusão social para a conversa – e este foi seu maior mérito. O Brasil avançou no campo social – mas muito menos do que deveria. Lula e Dilma fizeram mais que seus antecessores desde Getúlio, mas muito menos do que o necessário para que o Brasil deixe de ser sinônimo de desigualdade. “Brasil da desesperança”, para usar a expressão de Fausto Silva, é aquele que a plutocracia predadora construiu. O resto, como escreveu Shakespeare, é silêncio.

Texto: Paulo Nogueira

Maciel precisa de ajuda

Conforme Anselmo Gois em sua coluna, de hoje, o escritor e filosofo Luis Carlos Maciel, 77 anos, uma espécie de guru da contracultura, nas décadas de 60 e 70, quando ajudou a fundar o Pasquim, escreveu no facebook que está sem dinheiro e, portanto, precisa urgentemente de trabalho:

- Sei ler e escrever, sei dar aulas, já fiz direções de teatro e de cinema, já escrevi para o teatro, o cinema e a TV. Publiquei vários livros. Até represento, só não danço nem canto.

Maciel termina seu texto com uma pergunta potente: “Será que não há jeito honesto de ganhar a vida com o suor do meu rosto?”.

Foto: Luis Carlos Maciel

Cuspindo no prato que come

A Rede Globo e as 5 emissoras de propriedade do Grupo Globo em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília e Recife receberam um total de R$ 6,2 bilhões em publicidade estatal federal durante os 12 anos dos governos Lula (2003 a 2010) e Dilma (2011 a 2014).

Como a cifra só considera TVs de propriedade do Grupo Globo, o montante ficaria maior se fossem agregados os valores pagos a emissoras afiliadas. Por exemplo, a RBS afiliada da Globo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina recebeu R$ 63,7 milhões de publicidade estatal federal de 2003 a 2014.

Outro exemplo: a Rede Bahia, afiliada da TV Globo em Salvador, que pertence aos herdeiros de Antonio Carlos Magalhães , teve um faturamento de R$ 50,9 milhões de publicidade federal durante os 12 anos do PT no comando do Palácio do Planalto.

Fonte: UOL

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Clássicos do vinil

Está sendo reeditado, também em vinil, o primeiro disco de Gal Costa, lançado no formato LP, no inicio de 69. O disco faz parte da coleção Clássicos do vinil da gravadora Universal Music.

O repertório foi a arrancada da musa tropicalista rumo as paradas de sucesso em canções antológicas como Não Identificado, Sebastiana, Baby, Se você pensa, Divino maravilhoso entre outras pérolas, além da confirmação de seu talento e do fino cristal de sua voz. Salve Gal!

Foto: Capa do primeiro disco de Gal

Um número a mais

A exemplo do que já ocorre nos estados do Rio, São Paulo, Espírito Santo e Maranhão que tiveram de adicionar aos números de celulares o nono dígito, desde 31 de maio os estados de Alagoas, Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e Piauí e Ceará também experimentaram a mudança.

A partir de 11 de outubro de 2015, será a vez de Minas Gerais, da Bahia e de Sergipe, acrescentar o número nove aos números dos celulares. A meta é que, até o fim de 2016, todo o território nacional terá o nono dígito, com a inclusão do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, de Rondônia e do Acre, além da Região Centro-Oeste.

Foto: Ilustrativa

domingo, 28 de junho de 2015

Raul setentão

Raul Seixas é lembrado com sua própria poesia através de personalidades do mundo musical, da justiça e da política que escolheram versos de canções imortalizadas pelo “maluco beleza” que hoje, faria 70 anos.
Lenine:
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal.

Geraldo Carneiro
Ei! Al Capone
Vê se te orienta
Assim dessa maneira, nego
Chicago não aguenta

Aloísio Mercadante
Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.

Ministra do STF - Carmen Lúcia
Enquanto você me critica, eu tô no meu caminho
Eu sou o que sou, porque eu vivo a minha maneira
Só sei que eu sinto que foi sempre assim minha vida inteira
Eu sei..

Fonte: O Globo

O amor, ah o amor!

Aquela conversa de travesseiro: - Quem é o meu quindizinho?
- Sou eu.
- Quem é a minha roim-roim-roim?
- Sou eu.

Aí ele inventou de dizer que jamais se separariam e que ele seria, para ela, como aquele nervinho da carne que fica preso entre os dentes.

E ela:
- Credo, Osmar, que mau gosto! E saiu da cama para nunca mais.

O amor também pode acabar por uma má escolha de metáforas. 

Texto: Luís Fernando Veríssimo

Maria de todos nós

Objetos feitos por Maria Betânia estão na mostra Maria de todos nós, a ser inaugurada quinta feira no Paço Imperial, no centro do Rio.


Ela abre a programação que comemora os 10 amos do Natura Musical e os seus 50 anos de carreira. 

Foto: Candeeiro, na capa do disco Meus quintais, confeccionado por Betânia.

Eles disseram...

Então, para mim, essa bola é um símbolo da nossa evolução. Quando nos criamos uma bola dessas, nós nos transformamos em homo sapiens ou mulheres sapiens – Dilma Rousseff – No lançamento dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Para colocar em votação o relatório do TCU, sobre as contas do governo Dilma, será preciso apreciar antes outros 13 votos do Tribunal, desde o Governo Collor – Eduardo Cunha (PMDB) – Presidente da Câmara de Deputados.

Se ainda estivesse no setor, estaria preso, envolvido, com ou sem razão – Carlos Fernando – Dono da Construtora Carvalho Hosken.

Nós veio de branco por causa de vagabundo que quer cuidar dos jovem e fala mais de cadeia que de escola – Emicida – Em discurso na Virada Cultural de São Paulo

Agora também vale homem com homem e mulher com mulher – Ivete Sangalo – Atualizando o refrão de Vale Tudo de Tim Maia.

Foto: Ivete Sangalo

Uma seleção paraguia

Bons tempos aqueles em que a seleção brasileira de futebol encantava o mundo e a nos, seus maiores torcedores. Ultimamente, desde a medíocre participação na Copa do Mundo de 2014, aqui, e aquele final desastrado, com o infamante 7 x 1, a seleção é muito mais motivo de risos e deboches na internet que de algum respeito por quem gritou, torceu e sofreu a cada jogo a cada disputa de titulo. 

Ultimamente, significando algumas décadas talvez, um tempo que o próprio tempo foi sendo capaz de construir um descrédito, uma torcida que faz barulho, mas sem muita fé, uma assistência que pouco nada vibra e que uma eliminação como a de ontem, não tira o sono, nem provoca dor de cabeça em ninguém.

O time não é ruim, é mal treinado por um “afrodescendente” que é um mero entregador de camisas, incapaz de achar no amontoado que arma, espaço para o brilho de bons jogadores como Willian, Phillipe Coutinho ou Firmino, transformando todos numa pálida e inexpressiva equipe. A mão de obra é essa, não há melhor, quanto ao padeiro, há outras e talvez boas opções, porém o escolhido do que se sabe ser a CBF, chega a fazer sentido. Com este time e este treinador, corre-se o risco de não chegar a Copa do Mundo, na Rússia, em 2018, ficando mais uma vez perdido nas eliminatórias.

Foto: Meme Internet

sábado, 27 de junho de 2015

Cala a boca Magda!


Ao falar sobre a pressão que sofre na seleção brasileira, o técnico Dunga disse, na coletiva de ontem:

- "Até acho que sou afrodescendente, de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham prá mim e falam: “vamos bater nesse aí”. E aí começam a me bater. Sem noção sem nada".

Parodiando Romário em relação a Pelé: “Dunga calado é um poeta”.

Fonte: Anselmo Gois

Festa que segue...

A festa acabou por aqui, mas continua próximo daqui, em Tapiramutá, que comemora desde ontem a sua festa de São Pedro. As festas de lá são caracterizadas por atrações de forte apelo popular e costumam arregimentar grande contingente de forrozeiros da região.

Amanhã, por exemplo, se apresenta a dupla sertaneja Victor e Léo que consegue ser algo audível, em meio a tanta gritaria desagradável entre danças e requebros de duvidosa coreografia. Mas, fazendo jus ao gosto predominante eclético da turma do ENEM, se apresentou ontem na abertura dos festejos a inqualificável e rasteira banda baiana Psirico. Festa que segue.

Foto: Ilustrativa

Tem um japonês 'trás de mim

O fim de minha breve carreira como participante de peças publicitárias se deu com o comercial para o Shopping Barra, em uma campanha para o Dia dos Namorados. Era um pequeno filme narrado pelo ator baiano Marcelo Praddo em que eu cantava e dançava na chuva, feito um Gene Kelly entrevado e cujo tema era a felicidade e suas várias manifestações.

As gravações, apenas a parte que me tocava, foram feitas durante uma manhã de sábado, numa das ruas do Horto Florestal e cujo set de filmagem era a mansão de uma senhora amiga de alguém da produção. Ali a equipe se reunia, trocava de roupa e recebia as instruções verbais do que deveria ser feito e que depois seriam ensaiadas no próprio local da filmagem. Era algo simples que talvez desempenhasse sem qualquer dificuldade não fosse o diretor, um japonês paulista, um Aikra Kurosawa mal resolvido, fosse tão exigente comigo.

“Olha prá frente”, “levanta a cabeça”, “suspende o guarda chuva”, “sobe no meio fio”, “desce do meio fio”, “canta a música do MP3” era muita coisa, muito comando, muita gritaria, para as 07 horas da manhã de um sábado e ainda debaixo de chuva. Ainda que a chuva fosse cenográfica, ou até pior, pois gastava a água da vizinhança e que alimentava uma espécie de enorme chuveiro que acompanhava sobre a minha cabeça esta via sacra sob os gritos do japonês. Pensei em desistir e mandar o japonês para alguma esquina da Nagasaki em 1945, mas resisti pela gentileza da equipe de produção em especial da jovem Lívia que havia feito o contato comigo.

Próximo de meio dia o resultado foi dado como satisfatório após a repetição da cena em pelo menos 10 ocasiões e cujas interrupções também atendiam a entrada e saída de moradores de suas residências e o lanche oferecido pela produção para agüentar o repuxo do japonês. Quando terminei a participação na filmagem o boné de mafioso italiano, o pulôver, a camisa e calça de fino corte que usava, assim como o sapato estavam em estado desolador e provavelmente recusadas pelo primeiro carente que se apresentasse.

Hoje, revendo o filme, dá prá ver como o cinema é terra do faz de conta, pois tudo aquilo que gastamos uma manhã para fazer, em que pese o japonês, foi reduzido a poucos segundo em que apareço cantando e dançando, ou melhor tentando na chuva, como um Gene Kelly baiano.

Vídeo: Youtube

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Uma imagem

“Saca de las Yeguas”, realizado desde 1504, é um evento anual na cidade espanhola de Almonte.
Foto: Estadão

Solidão de amigos

Charge: Aroeira

Mão boba

Ainda repercute a partida entre Chile e Uruguai pela Copa América, com a vitória chilena por 1 x 0. Não somente pelo bem futebol do Chile, mas pela “dedada” do zagueiro Jara no atacante uruguaio Cavani, que revidou com um tapa e determinou a sua expulsão. 

A “dedada” já gerou as mais hilárias “memes” na internet e coloca o zagueiro Jara sob suspeição, já que ele próprio protagonizou outro momento carinhoso com o também uruguaio, Luis Suarez, que foi premiado com um aperto no saco. 

Este Jara parece ser chegado a uns contatos, digamos, íntimos com os adversários, ou tudo não passa de uma armadilha para irritar os atacantes que querem importunar a sua defesa, já que a reação é imediata e a expulsão vem na mesma velocidade.

Foto: Internet

Garrancho revelador

O menor dos problemas do detento Marcelo Odebrecht, é escrever um bilhete com letra de médico, conforme acima. A sua geração se expressa por teclados de celular, computador.

“Cada vez mais se escreve menos”, diz o Professor Sérgio Nogueira, acrescentando que “as pessoas vão perdendo o hábito de escrever na infância. Há muito tempo não valorizam a letra bonita. Nem precisava ser bonita, mas legível”. São efeitos colaterais do progresso.


Fonte : O Globo 

Ilustre desconhecido

Independente do caráter humano da tragédia que vitimou dois jovens, um deles artista de sucesso popular, confesso a surpresa com a repercussão nacional, uma comoção mesmo, com que se revestiu a morte do cantor sertanejo, do arrocha, do forró universitário ou tudo junto, significando o vazio.

Nada conhecia de seu repertório, nem nunca assisti nenhuma de suas apresentações, e talvez venha daí a minha surpresa, pois o meu interesse musical não contempla artista cuja agenda se faz de quase trezentas apresentações por ano. Tenho dúvida se os que de fato trilham este caminho sejam de fato artistas ou uma enlouquecida máquina de fazer dinheiro, em detrimento da vida. Essa busca de realização profissional a qualquer custo, paga-se por fim um preço exagerado, a própria vida.

Foto: Ilustrativa 

A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu

Finda a festa a cidade volta a sua pasmaceira habitual. Foram cinco dias de forró que não faria diferença se fossem apenas três, mas só explicável pelo feriado de São João em uma quarta feira, para uma festa, mesmo assim longa. Mas valeu para os poucos visitantes que aqui vieram ressuscitar o Mastruz com Leite e fazer coro com a ciganada em volta de seu ídolo, que carece de confirmação quanto a sua origem e se tudo não passa de um personagem em busca de identificação com um segmento consumidor. O que quer que seja continuo ignorando a cantoria e seu mal-ajambrado bolero acelerado.

Parabéns mesmo pela decoração da Praça, em especial aos casais de matutos espalhados pelos bancos de jardins da Praça e que serviram de companhia e cenário para vários selfies e flashes de todos quantos estiveram em torno da festa. Bem como o casal no jardim, próximo ao palco, em que seus rostos eram os rostos de quem quisesse se deixar fotografar vestido a caráter, como a baiana e o “rasta” que fazem a alegria dos turistas na Praça da Sé, em Salvador. Parabéns, também pela reprodução de animais pastando solenes no jardim, dando ao lugar um clima bucólico da fazenda, de mato e sertão.

Foto: Ilustrativo

terça-feira, 23 de junho de 2015

Refundar ou afundar

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva fez ontem uma das mais duras críticas à legenda que ajudou a fundar há 35 anos e o levou ao poder. Em palestra em seu instituto, ao lado do ex-primeiro ministro espanhol Felipe Gonzalez, Lula disse que o PT está “velho e viciado em poder”. 

“Eu acho que o PT perdeu um pouco da utopia. Hoje a gente só pensa em cargo, em emprego, em ser eleito. Ninguém trabalha mais de graça”. Para ele a sigla não mobiliza multidões, a não ser em troca de dinheiro, se afastou da juventude e está numa encruzilhada. 

“Temos que definir se queremos salvar a nossa pele e os nossos empregos ou se queremos salvar o nosso partido”.

Fonte: Estadão

Fala, Abu!

Antonio Abujamra, que recentemente nos deixou, marcou com sua história o nosso teatro, como autor, diretor, ator, apresentador de TV e um frasista cheio de ironia e verdades desconcertantes. Abaixo um pouco do que o grande Abu, soltou pela vida:

- A vida não tem roteiro

- A vida é sua, estrague-a como quiser

- O palco é um abismo, para subir nele, tem que ter asas

- Não engravidem nos bastidores

- Se enforquem na corda da liberdade

- Jovens: envelheçam

- Tive mais de 100 fracassos e para mim, não importa. Para um artista, o fracasso e o sucesso são iguais, os dois são impostores

- Queremos por um ácido em cima das palavras para ver o que está por baixo delas

- O artista tem que ser gênio para uns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.

- Não pensem, façam. Qualquer mente medíocre pode ter uma boa ideia. Realizá-la é que é genial.

Foto: Antonio Abujamra

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Boca murcha


Charge: Angeli

Procurando e achando

meme9
Ricardo Boechat responde Silas Malafaia. O jornalista se defendeu das provocações do pastor, que o acusou de “falar asneira no programa de rádio”. “Não me enche o saco. Você é um idiota, pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. Eu não sou rico porque tomei dinheiro das pessoas pregando salvação depois da morte. O meu salário, meus bens, vieram do meu suor, não do suor alheio”.

Meme: Internet

De Jesus para Malafaia

Querido pastor,
Aqui quem fala é Jesus. Não costumo falar assim, diretamente, mas é que você não tem entendido minhas indiretas. Imagino que já tenha ouvido falar em mim, já que se intitula cristão. Durante um tempo achei que falasse de outro Jesus, talvez do DJ que namorava a Madonna ou de outro Cristo aquele que embrulha prédios pra presente já que nunca recebi um centavo do dinheiro que você coleta em meu nome (nem quero receber, muito obrigado). Às vezes parece que você não me conhece.

Analisando a sua conta bancária, percebo que o senhor talvez não esteja familiarizado com um camelo ou com o buraco de uma agulha. Vou esclarecer a metáfora. Um camelo é 3.000 vezes maior do que o buraco de uma agulha. Sou mais socialista que Marx, Engels e Bakunin esse bando de esquerda-caviar. Sou da esquerda-roots, esquerda-pé-no-chão, esquerda-mujica. Distribuo pão e multiplico peixe, só depois é que ensino pescar.

Passei a vida descalço, pastor. Nunca fiz a barba. Eu abraçava leproso. E na época não existia álcool gel. Fui crucificado com ladrões e disse, com todas as letras (Mateus, Lucas, todos estão de prova), que eles também iriam para o paraíso. Você acha mesmo que eu seria a favor da redução da maioridade penal?

Soube que vocês estão me esperando voltar à terra. Más notícias, pastor. Já voltei algumas vezes. Vocês é que não perceberam. Na Idade Média, voltei prostituta e cristãos me queimaram. Depois voltei negro e fui escravizado, os mesmos cristãos afirmavam que eu não tinha alma. Recentemente voltei transexual e morri espancado. Peço, por favor, que preste mais atenção à sua volta. Uma dica: olha para baixo. Agora mesmo, devo estar apanhando de gente que segue o senhor.

Texto: Gregório Duvivier

Aqui como lá...

Para quem mostra indignação contra a atitude pouco civilizada de”mijar” em vias públicas, pode não servir de consolo, mas em Paris o problema persiste e é o mesmo nosso, alem de dar multa pesada de 180 euros ou R$630,00.

Um cartaz em Cannes informa que o desejo de se aliviar nas ruas sai caro e pede “Parem com a incivilidade”. Quem sabe, o caso não tem solução, ou então trocar a cerveja, por algum destilado.

Foto: Ilustrativa


Palestina, sim!


Para quem esperava um posicionamento político de Caetano acerca de seu show com Gil, em Israel, diz, 28 de julho e dos pedidos de cancelamento da apresentação, ele veio no encerramento da Virada Cultural, de São Paulo, encerrada ontem.

Diante de uma multidão que acompanhou seu show na Avenida Paulista ele notou no meio do público uma bandeira da Palestina e disse: “Para aqueles que estão dizendo Israel, não, digo Palestina, sim”.

Foto: Bandeira da Palestina

Eles disseram...


Se você quer financiamento no Brasil, não precisa ir ao mercado de capitais, precisa se tornar amigo dos políticos para que o BNDES te dê dinheiro – Lugi Zingales – Economista italiano

Fui ao excepcional Veloso Bar comer coxinha e um coxinha reclamou das ciclovias – Fernando Haddad – Referindo-se ao termo empregado pelos aliados do governo para atacar quem critica o PT.

Ele precisa aprender a perder – Armero – Lateral do Flamengo e da seleção colombiana sobre Neymar

Sem almoçar, tomamos refrigerantes para agüentar o calor insuportável – Aloysio Nunes – Senador (PSDB) - Sobre o tratamento da comitiva de senadores à Caracas.

Isso vai dar no fascismo – Frei Betto – Comentando sobre a bancada de evangélicos na Câmara.

Foto: Ilustrativa

sexta-feira, 19 de junho de 2015

De volta ao pagode

A notícia da contratação de Emerson Sheik pelo Flamengo caiu como uma bomba para seus vizinhos, no Portobello, em Mangaratiba-RJ.

O temor é que, com o jogador, voltem as festas de arromba embaladas por som alto durante horas a fio – que já gerou queixas formais nas reuniões do condomínio.

Foto: Condomínio Portobello



Pulando a fogueira, mas com moderação

A hepatologista Débora Dourado, listou 5 verdades sobre o consumo de bebidas alcoólicas. Algumas parecem “conversa fiada” – como o famoso “não lembro de nada” – mas a médica oferece explicações científicas para o comportamento na bebedeira. Confira:

Misturar tipos de bebidas deixa bêbado mais rápido: Verdade. Os fermentados são menos agressivos do que os destilados. Misturar os dois aumenta a dosagem etílica.

Mulher é mais fraca para a bebida: Verdade. O organismo feminino tem hormônios que reagem pior com o álcool e aceleram a bebedeira.

Café ajuda a curar a ressaca: Verdade. No dia seguinte, optar pela cafeína é bom, em especial para a dor de cabeça. A substância é usada nos tratamentos de enxaqueca.

Tive amnésia por causa da bebida: Verdade. Algumas pessoas são mais afetadas do que outras. O álcool afeta a área cerebral responsável pela memória e por guardar informações. 

Beber de estômago vazio é perigoso: Verdade. Sem comida, o corpo prioriza a absorção do álcool. 

Fonte: Saúde.ig

Grosso calibre

O presidente da CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais-CARF, o senador Ataídes Oliveira, PSDB de Tocantins, é um parlamentar da língua solta, não perde a oportunidade de uma citação ou de qualificativos, no mínimo, estranhos.

Na última sessão da Comissão ele disse que “Deus vê tudo” está escrito em Abreu 4:13, mas na verdade ele quis dizer Hebreus mesmo, o que não fazia a menor diferença naquela altura da explanação. Não satisfeito com a escorregada, falou que um dos interrogados devia ter culpa no esquema investigado, já que contratou um advogado de alto...calibre.

Fonte: O Globo

Uma imagem

Crianças filipinas de origem muçulmana, durante aula com um professor de árabe, no primeiro dia do mês de jejum sagrado do Ramadã, na mesquita de Datu Saudi Ampatuan.
Foto: Estadão

Português para iniciantes

Inicio das férias escolares é hora de definir qual destino tomar, arrumar as malas e pernas pro ar, de preferência a beira mar. Mas antes de pegar a estrada é bom desde já ir se familiarizando com certas expressões regionais que, por certo, não são de seu conhecimento, para não fazer cara de paisagem quando ouvir, por exemplo, a mãe reclamar com o filho: “pare de fazer meuã”.

Então, ai logo abaixo, um pequeno teste dos dialetos que estarão a sua disposição em sua viagem de férias por este grande, e besta, país:

O que você entenderia se alguém lhe dissesse que o irmão deitou o cabelo?
a – que o irmão dormiu até tarde
b -  que o irmão morreu
c – que o irmão fugiu de algum lugar correndo
d -  que o irmão raspou a cabeça
O que você entenderia se alguém lhe desse a seguinte orientação: “Não coma reggae dessa menina, não”?
a – não dê ouvidos aos absurdos que ela diz
b – não ouça as músicas que ela sugere
c – não a deixe ficar chorando no seu ombro
d – não como a comida ruim que ela fizer
Como é uma noite de sono “osso para dormir”
a – boa pra dormir
b – uma noite em que a pessoa vai deitar com fome
c – uma noite difícil de dormir
d – quando a pessoa dorme em cama dura
Você sabe o que significa “bater a caçuleta”?
a – bater a cabeça
b – morrer
c- insistir
d – fazer espécie de polenta
Respostas nos próximos posts

Foto: Lençois maranhenses
Fonte: Folha SP

O legado amargo da Copa

Enrolada com o xale da doida pela Operação Lava-Jato, da Policia Federal, a Construtora OAS procura empresas estrangeiras que possam vir a operar os três estádios construídos para a Copa-2014 e sob a responsabilidade da OAS Arenas. Sem obras públicas, com o bloqueio de bens e seus principais diretores presos em decorrência das investigações sobre o pagamento de propinas em contratos da Petrobrás, a construtora tenta fazer caixa com a cessão de seus direitos sobre as três arenas.

São de responsabilidade da OAS Arenas, os estádios da Arena Fonte Nova, em Salvador, este em parceria com a Odebrecht, a bela Arena das Dunas, em Natal e o Estádio do Grêmio, em Porto Alegre. O estádio de Natal que seria uma Parceria Público-Privada com o governo do Rio Grande do Norte, conforme contrato assinado em 2011, a construtora nunca viu um centavo do governo rio-grandense, tendo assim 100% de participação na Arena das Dunas.


As Arenas da Fonte Nova e do Grêmio talvez venham a ser mais fáceis de negociá-las, em que pese o balanço de R$15,6 milhões de prejuízo amargado pela Fonte Nova no último levantamento efetuado. Mesmo assim é potencialmente rentável, bem como a do Grêmio, ficando a bronca, o saco sem fundo para a Arena das Dunas, uma das tantas irresponsabilidades deixadas como legado da Copa do Mundo do Brasil.

Foto: Arena das Dunas

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Malas falas...


Charge: Aroeira

Caçador de mim

Em 1981, Milton Nascimento gravou o seu disco de carreira com canções novas e algumas regravações de suas próprias canções como Nos bailes da vida e Coração civil. Uma canção, no entanto, ganhou o privilégio de dar nome ao disco e que não é de sua autoria, mas que teve nele o intérprete perfeito, uma quase apropriação de autoria, tal a semelhança que traz com o seu estilo. 

Caçador de mim é uma bela canção de Sérgio Magrão, baixista d’O Terço e do 14 Bis em parceria com Luís Carlos Sá da dupla Sá & Guarabira, e não de Milton como muitos imaginam, mas que ele assinaria, sem dúvida com o saudoso Fernando Brant

Vídeo: Youtube (Milton Nascimento - Caçador de mim)