quarta-feira, 17 de junho de 2015

O renascer de forças reacionárias

Nas manifestações de março e abril nas ruas de cidades do país todo, Caetano, que como Gil foi preso pela ditadura em 1968, diz ter se revoltado com a presença de grupos que defendiam a volta das Forças Armadas e uma “intervenção militar já”. “Isso para mim é ofensivo. É ofensivo à minha sensibilidade e à minha inteligência”, diz Caetano.

 “Aquilo ali era uma coisa de algumas pessoas, uma maluquice. Mas é sintoma. Há uma questão no mundo com isso mesmo, o renascimento de forças nitidamente reacionárias. A questão não é que elas sejam conservadoras. O problema é que são reacionárias, são forças de reação a qualquer progresso.” O sintoma se apresenta também no Congresso. Caetano afirma que o crescente poder do Legislativo na esteira do enfraquecimento do governo Dilma vem trazendo uma movimentação conservadora “meio apavorante”.

“Esses projetos que estão sendo votados no Congresso são horríveis, eu não gosto dessa movimentação, desse negócio ─ diminuição da maioridade penal, bancada da bala, essa tentativa de restringir mais ainda o aborto, não abrir para uma legalização do aborto. Toda essa tendência conservadora, essa pauta”, afirma.

“Não me sinto bem com o que está acontecendo ali.”

Texto: Paulo Nogueira

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