terça-feira, 16 de junho de 2015

O bolinho de Jesus


Há algum tempo os evangélicos, essa praga que se alastra como a dengue e zika vírus, vêm se apropriando de uma das muitas manifestações culturais da Bahia que é o uso e a fabricação do acarajé, uma tradição culinária com os pés fincados no candomblé, pois comida dos orixás. Eles se infiltraram no ramo do acarajé, com tabuleiros em certos cantos pontos da cidade, onde “baianas” evangélicas tratam a iguaria como um comércio qualquer de mingaus, pasteis, milho assado, picolé, numa afronta aos preceitos das religiões afro-brasileiras. 

Estes princípios regem a Associação das Baianas de Acarajés, cujo quitute recebeu o Registro de Patrimonial Imaterial Brasileiro e inscrito no Livro dos Sabores do IPHAN, desde junho de 2005 e elas encamparam uma luta contra o seu disvurtamento.

As baianas de acarajés resolveram partir para o ataque em busca da preservação da iguaria, exigindo a manutenção do seu modo de ser produzido, bem como dos componentes que fazem parte de seu recheio, como camarão, vatapá, pimenta, salada e às vezes caruru, este incorporado mais recentemente, mas aceito, pois comida do orixá Xangô.  

Isto sem falar que a sua comercialização em locais públicos esteja a cargo de mulheres, ou homens, trajando roupas de baianas, com suas guias de santo, pulseiras, bata e saias brancas e, para os homens indumentárias que façam referências aos rituais do candomblé. Quem quiser mercar bolinho de Jesus em barracas com inscrição Deus é fiel que procurem os arredores de suas igrejas, templos e mafuás.

Foto: Ilustrativa.

2 comentários:

  1. Anônimo19:28

    SE CHAMA ACARAJÉ, COMIDA DO CANDOMBLÉ!

    BOLINHO DE JESUS É OS QUE BOTO NO SANITÁRIO...

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  2. Anônimo19:28

    EVANGÉLICOS NÃO VALEM NADA MESMO, OH RAÇA MALDITA...

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