terça-feira, 30 de junho de 2015

Marieta Severo - Uma brasileira

Faustão veio, diante de Marieta, com o clichê obtuso do “país da desesperança”, algo que tem um apelo extraordinário para analfabetos políticos que batem panelas e vestem camisas da seleção em manifestações estimuladas pela mídia.

E Marieta rebateu com a inclusão social, que a mídia finge não ter importância nenhuma como se fôssemos a Suécia ou a Dinamarca. E Marieta viralizou porque ela falou por muitos brasileiros que já não suportam mais tanta empulhação. Foi a mesma coisa que ocorreu quando Boechat mandou Malafaia procurar uma rola. Quantos de nós não gostaríamos de dizer uma coisa dessas para Malafaia?

Marieta trouxe a inclusão social para a conversa – e este foi seu maior mérito. O Brasil avançou no campo social – mas muito menos do que deveria. Lula e Dilma fizeram mais que seus antecessores desde Getúlio, mas muito menos do que o necessário para que o Brasil deixe de ser sinônimo de desigualdade. “Brasil da desesperança”, para usar a expressão de Fausto Silva, é aquele que a plutocracia predadora construiu. O resto, como escreveu Shakespeare, é silêncio.

Texto: Paulo Nogueira

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