Faustão veio, diante de Marieta, com o clichê obtuso do “país
da desesperança”, algo que tem um apelo extraordinário para analfabetos
políticos que batem panelas e vestem camisas da seleção em manifestações
estimuladas pela mídia.
E Marieta
rebateu com a inclusão social, que a mídia finge não ter importância nenhuma
como se fôssemos a Suécia ou a Dinamarca. E Marieta viralizou porque ela falou por muitos brasileiros que já
não suportam mais tanta empulhação. Foi a mesma coisa que ocorreu quando Boechat mandou Malafaia procurar uma rola. Quantos de nós não gostaríamos de dizer
uma coisa dessas para Malafaia?
Marieta trouxe a inclusão
social para a conversa – e este foi seu maior mérito. O Brasil
avançou no campo social – mas muito menos do que deveria. Lula e Dilma fizeram mais que seus antecessores desde Getúlio, mas muito menos do que o necessário para que o Brasil deixe de ser sinônimo de
desigualdade. “Brasil da desesperança”, para usar a expressão de Fausto Silva, é aquele que a plutocracia
predadora construiu. O resto, como escreveu Shakespeare, é silêncio.
Texto: Paulo Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário