sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Nova Rodoviária de Salvador

Quem utiliza os serviços de ônibus interurbano percebe que o Terminal Rodoviário de Salvador em ocasiões de grande fluxo, Semana Santa, São João, finais de ano, carnaval e feriadões já não atende a demanda de passageiros e tudo vira uma confusão infernal. Sem contar com a garganta do diabo para o trânsito que forma junto com o Shopping Iguatemi (da Bahia não vai pegar), Tancredo Neves e acesso à Avenida Paralela, orla e seus intermináveis e irritantes engarrafamentos.

Mas, os dias (ou meses ou anos) estão contados com a construção da Nova Rodoviária em uma área já em processo de desapropriação no bairro de Água Claras, em um empreendimento que terá um complexo de lojas, centro empresarial e conexão coma a estação do metrô a ser também inaugurada naquele bairro. Que venham estas obras que irá melhorar em muita a mobilidade urbana em Salvador

Foto: Ilustrativa

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Prá quem acredita em milagres

Em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, na Rússia, as seleções de Brasil e Peru vão se enfrentar no dia 17 de novembro, na Arena Fonte Nova. Com preços que variam de R$ 30 a R$ 300, os ingressos vão começar a ser vendidos domingo, 1º, no siite da Arena Fonte Nova.

Na internet, estarão disponíveis apenas os ingressos de inteira. Os de meia-entrada, só começarão a ser vendidos no dia 8, nas bilheterias do estádio, é a quota de humilhação e sofrimento disponibilizada para os incautos que se aventurarem a esta canoa furada de Dunga, CBF, Del Nero e Marin.

Todo o anel superior terá o valor de R$ 30 meia e R$ 60 inteira. Já para os anéis intermediário e inferior será cobrado R$ 60 meia e R$ 120 inteira. Os torcedores ainda terão à disposição o Lounge Premium, com valor de R$ 200, e os camarotes, ao preço de R$ 300 por pessoa.

Foto: Ilustrativa

Perde o Fluminense

O Fluminense deve ter confiado na vantagem mínima conseguida no Rio com a vitória de 2 x 1 sobre o Palmeiras e veio para o jogo de volta certo de que o empate lhe colocaria na final da Copa do Brasil. Só isto talvez justifique a apatia do primeiro tempo em que o Palmeiras abriu 2 x 0 e poderia ter ido além se o segundo tempo não fosse completa,mente diferente do primeiro.


O time carioca veio prá cima sob o comando de Fred, sua garra e liderança, e fez o gol que lhe levaria à disputa dos pênaltis e tentou o segundo gol que lhe daria o passaporte para a final com o Santos, que já se garantia como finalista com 3 x 1 sobre o São Paulo. 

A propósito, o que se ouviu de elogios a Fred e a excelência de seu futebol, ontem, nem parecia o “cone” que foi execrado há um ano na Copa do Mundo.Mas deu tudo errado, com dois pênaltis perdido contra o total acerto do time paulista, o Fluminense volta prá casa, mas bem que poderia ter ido à final da Copa do Brasil.

Foto: Ilustrativa

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A fé não costuma faiá



Charge: Angeli

Na mesma barca

Se em termos legislativo é um passeio de índio visitar a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, dada a sua irrelevância política, já quem busca alguma beleza plástica vale muito conhecer as obras de Caribé e de Carlos Bastos que decoram o prédio. Personalidades das artes plásticas baianas, Bastos e o argentino abaianado Caribé por muito tempo figuraram entre os mais representativos nomes de nossa pintura aqui ou longe daqui.

De Carlos Bastos, por exemplo, se encontra no plenário da Assembléia um gigantesco painel de 180 m² em que a galeota que conduz a imagem de Senhor do Bonfim na festa da procissão dos navegantes está repleta de personalidades da vida religiosa, política e cultural de Salvador. 

Estão ali, Caetano, Gal Costa, Maria Betânia, Irmã Dulce, Antonio Carlos Magalhães, Luís Viana Filho, o jornalista Florisvaldo Matos, Camafeu de Oxossi, Menininha de Gantois, Jorge Amado, Major Cosme de Faria, a colunista social July, enfim tem estampas para todos os gostos, em que pese a repercussão pouco amistosa da sociedade à época, quanto a diversidade representada, em um lugar tão circunspecto como a Assembléia Legislativa. Quero é prova! Mas, vale uma visita, sim.

Foto: Painel de Carlos Bastos

Os galpões do Porto

Os painéis assinados por artistas plásticos baianos nas paredes dos galpões do Porto de Salvador - Codeba, no Terminal da França, serão restaurados. Os autores estão sendo chamados, pela diretoria do órgão para fechar o acordo de recuperação das obras que estão expostas ali desde 1998.

Dentre os artistas que usaram os paredões como suporte para sua arte, estão Juarez Paraíso, Graça Ramos, Justino Marinho, Simanca, Juraci Dórea e Leonel Mattos. A recuperação não será plena porque alguns dos murais foram destruídos durante a demolição de alguns dos galpões para dar lugar ao terminal marítimo de passageiros, inaugurado no ano passado. A previsão de conclusão dos trabalhos é até o verão.

Foto: Ilustrativa

Em campanha

Terminou a greve. E a cada ano é mais nítida a percepção de que a vida continua com bancos fechados. São inúmeros os recursos eletrônicos, principalmente via internet ou mesmo celular, para trâmites bancários.

Boletos podem ser retirados,  impressos e pagos eletronicamente, cheques podem ser depositados via celular, transações mil outras, idem.Os sindicalistas da área deveriam debruçar-se seriamente sobre essas questões, em vez de fazer piquetes para candidatarem-se vereador.

Fonte: Tribuna da Bahia

Bom da cabeça e ruim do pé

O Dicionário do Samba de autoria de Ney Lopes e Luiz Antonio Simas lançado pela Civilização Brasileira traz curiosidades sobre o mundo do samba desde as suas primeiras manifestações com as “tias” baianas até os dias atuais, passando pelas pressões e prisões por órgãos oficiais à descompostura de preconceitos raciais.  

O mulato e letrado baiano Ruy Barbosa se refere ao “Corta jaca” de Chiquinha Gonzaga, como música baixa, grosseira e irmã gêmea do samba, para em outro momento atacar o samba como “purido eczematoso do morro”. Só Caymmi para nos salvar

Foto: Ruy Barbosa

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Zico de fora

O ídolo rubronegro, Zico, que pretendia concorrer a eleição para a presidência da FIFA, em fevereiro do próximo ano, percebeu que o sistema não é só bruto, é viciado e atende a interesses nem sempre claros. Zico não conseguiu as cinco cartas de apoio necessárias para oficializar a candidatura. 

A poderosa União Européia de Futebol - UEFA, que apoiaria Michel Platini, recuou e acabou lançando suíço Gianni Infantino, seu secretário-geral. Zico foi desde o anúncio de se candidatar, crítico dos votos em bloco nos continentes. Para ele, o processo político afastava ex-profissionais do futebol.

Infantino surge como candidato de peso, pela possibilidade de contar com apoio maciço da Europa e até da Conmebol. Outro nome de peso é o xeque Salman Ibrahim Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol e membro da família real do Bahrein. Além do dinheiro para financiar a campanha, é visto como capaz de reunir grande número de votos em seu continente, com 47 países filiados. 

Foto: Ilustrativa

Saí golpe militar, entra impeachment

"O impeachment é uma nova patologia na política da América Latina. Os golpes militares da época da Guerra Fria estão sendo substituídos pelo impeachment. A função do Congresso é fiscalizar os governos, e não derrubá-los. Isso é o mesmo que bater às portas dos quartéis. Não se deve buscar interromper o mandato eletivo. Isso é um desrespeito à população, seja quem for o eleito.

O impeachment é um instrumento violento, que causa instabilidade à economia e ao país. A lei exige um crime de responsabilidade, o que não vejo. Ninguém diz que a presidente enriqueceu. Sua honra está preservada. Sobre a sugestão de renúncia vinda de FHC: Um ex-presidente não devia falar isso. Eu também acho que ele poderia ter renunciado quando comprou a reeleição".

Claudio Lembo – Ex-governador de São Paulo

Tem um japonês em meu encalço

O fim de minha breve carreira como participante de peças publicitárias se deu com o comercial para o Shopping Barra, em uma campanha para o Dia dos Namorados, de 2006. Era um pequeno filme narrado pelo ator baiano Marcelo Prado em que eu cantava e dançava na chuva, feito um Gene Kelly entrevado e cujo tema era a felicidade e suas várias manifestações.

As gravações, apenas a parte que me tocava, foram feitas durante uma manhã de sábado, numa das ruas do Horto Florestal e cujo set de filmagem era a mansão de uma senhora amiga de alguém da produção. Ali a equipe se reunia, trocava de roupa e recebia as instruções verbais do que deveria ser feito e que depois seriam ensaiadas no próprio local da filmagem. Era algo simples que talvez desempenhasse sem qualquer dificuldade não fosse o diretor, um japonês paulista, um Aikra Kurosawa mal resolvido, fosse tão exigente comigo.

“Olha prá frente”, “levanta a cabeça”, “suspende o guarda chuva”, “sobe no meio fio”, “desce do meio fio”, “canta a música do MP3” era muita coisa, muito comando, muita gritaria, para as 07 horas da manhã de um sábado e ainda debaixo de chuva. Ainda que a chuva fosse cenográfica, ou até pior, pois gastava a água da vizinhança e que alimentava uma espécie de enorme chuveiro que me acompanhava sobre a cabeça nesta via sacra sob os gritos do japonês. Pensei em desistir e mandar o japonês para alguma esquina da Nagasaki, em 1945, mas resisti pela gentileza da equipe de produção em especial da jovem Lívia que havia feito o contato comigo.

Próximo de meio dia o resultado foi dado como satisfatório após a repetição da cena em pelo menos 10 ocasiões e cujas interrupções também atendiam a entrada e saída de moradores de suas residências e o lanche oferecido pela produção para agüentar o repuxo do japonês. Quando terminei a participação na filmagem o boné de mafioso italiano, o pulôver, a camisa e calça de fino corte que usava, assim como o sapato estavam em estado desolador e provavelmente recusadas pelo primeiro carente que se apresentasse.

Hoje, revendo o filme, dá prá ver como o cinema é terra do faz de conta, pois tudo aquilo que gastamos uma manhã para fazer, em que pese o japonês, foi reduzido a poucos segundos em que apareço cantando e dançando, ou melhor, tentando na chuva como um Gene Kelly sob pressão.

Vídeo: Pessoal (cópia)

Amigos do rei

Carlinhos Brown está entre os convidados de Roberto Carlos para seu tradicional especial de fim de ano, na Globo. Brown participou do ensaio, ontem, no estúdio do Rei, em terras cariocas. 

Também estavam lá Wanderléa, Erasmo Carlos, Paulo Ricardo e o grupo Jota Quest. A atração será gravada no dia 7 de novembro, no Theatro Municipal do Rio e irá ao ar na noite de 24 de dezembro.

Fonte: Correio

No topo do mundo

Segundo dados do Guinness World Records os discos mais vendidos no mundo são:
Thriller
Michael Jackson – 1982
65 milhões

Back in Black
AC/DC – 1980
51 milhões

The dark side of the moon
Pink Floyd – 1973
50 milhões

Bad
Michael Jackson - 1987
45 milhões

Trilha Sonora do filme O guarda-costas
Whitney Houston – 1993
45 milhões
Foto: Ilustrativa

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Lata d'água na cabeça

Uma nota na coluna do Alex Ferraz, nesta segunda feira, chama a atenção de que a falta d’água nas grandes cidades só se dá na periferia, no subúrbio nunca nos bairros nobres e elegantes dessas cidades. 

Tanto faz Salvador, Rio, Recife, São Paulo, Belo Horizonte não se vê as madamas moradoras da Vitória, Graça, Ipanema, Leblon, dos Jardins, do Savassi reclamando da falta de uma gota d’água em suas torneiras.

É sempre aquela gente marrom, pobre e segregada que vai para frente das câmaras de televisão pedir ao prefeito, ao bispo, aos céus um balde d’água para as necessidades por semanas e semanas, quando não meses na mais total abstinência. Viver é difícil, sujo e com sede pior ainda.

Foto: Ilustrativa

Os Mutantes são (ou foram) demais

Com a música sendo vendida pela internet a preço de banana e mesmo pirateada ainda sem muitas amarras, parece pouco provável que alguém se disponha a pagar R$800 numa caixa com sete discos. Mas, a gravadora Polysom acredita no produto como um investimento musical que vale a pena para colecionadores ou amantes da música. Esta preciosidade é box Os Mutantes, uma caixa com os sete primeiros discos da banda de Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, em versões em vinil de 180 gramas.

Os LPs são Os Mutantes (1968), Mutantes (1969), A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado (1970), Jardim Elétrico (1971) e Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets (1971), além de "Tecnicolor", LP de versões em inglês gravado na França em 1970 e lançado oficialmente em 1999, e a coletânea "Mande um Abraço pra Velha" (2014), que reúne participações dos Mutantes em discos de outros artistas. 

Os quatro primeiros LPs são verdadeiras obras-primas, possivelmente a mais impressionante seqüência de quatro discos lançada por um artista pop brasileiro. Vale a pena sim, para os abonados ou não.

Foto: Mutantes

domingo, 25 de outubro de 2015

Cervejas a rodo

De Jaguar, o genial e debochado cartunista, fundador do Pasquim, confessando estar impressionado com a quantidade de cervejas artesanais brasileiras e importadas por aqui.

- “Eu passei minha vida tomando Brahma e Antarctica. Agora que existem tantas opções, não posso beber”.

Foto: Ilustrativa

Eles disseram...

O pior que pode acontecer a esses ricões é ganharem as eleições, porque começaria uma nova etapa da revolução bolivariana – Nicolás Maduro – Presidente da Venezuela – Sobre as eleições em seu país

Estive naquelas infindáveis discussões sobre as nomeações, alguns são ladrões e nós temos algumas provas (...)  vergonhoso, mas é assim – Fernando Henrique Cardoso  - Trecho do seu livro Diários da Presidência

O meu governo não está envolvido em nenhum escândalo de corrupção – Dilma Rousseff – Presidente

A responsabilidade do Holocausto é da AlemanhaAngela Merkel - premiê alemã – rebatendo o colega israelense Bibi Netanyahu

O Lobão confunde Estado com Governo. O que nós fizemos foi colocar alguém para fiscalizar o Ecad, independente de quem esteja lá, seja PT ou PSDB Frejat – músico – sobre arrecadação de diretos autorais.

Foto: Ilustrativa

Os hotéis e a crise

O setor hoteleiro em Salvador já começa a dar sinais fortes de que sentiu a crise econômica do país. Esta semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e similares da capital e região divulgou a demissão de mais de 130 trabalhadores do Hotel Pestana, após o fechamento de nove dos 22 andares, além da terceirização da operação de eventos e redução dos serviços de restaurantes.

Os problemas no tradicional empreendimento se junta aos fechamentos de hotéis na Orla só neste ano: Albergue do Porto, Corsário Praia Hotel, Porto Farol Apart Hotel, San Marino Hotel, , Hotel Corsário e Hotel Litorâneo. Para o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação a crise não é isolada no Hotel Pestana e a ocupação dos hotéis de Salvador já está baixa há algum tempo, e com raras exceções, estão trabalhando no vermelho. 

Foto: Hotel Pestana- Rio Vermelho

Vida louca vida

Em dos expoentes do rock Brasil na década de 80, com alguns bons exemplos de sua produção musical como Vida louca vida, Vida bandida, Me chama, Por tudo que for, o roqueiro decadente, Lobão, hoje é uma sombra de seu passado e se transformou no braço musical da direita golpista e colunista de uma revista imunda, a veja.

Em seus delírios paranoicos acusa o governo por não conseguir teatros para seus shows, como se as casas de espetáculos do país tivessem alguma ingerência oficial e não fossem iniciativas privadas como o Teatro Bradesco, em São Paulo. Recentemente uma apresentação neste local com capacidade para 1.400 espectadores, teve apenas metade ocupada com o show do Lobão, mostrando que não é uma questão de espaço, mas de aceitação. 

Em Novo Hamburgo-RS , o mês passado, um show seu foi cancelado devido a baixa procura por ingressos. Militância política e música formam uma liga para letrados, que usam sensibilidade e boa poesia para suas mensagens metafóricas, subliminares e não para roqueiros desastrados que usam a palavra, o palco, para ofensas e xingamentos.

Foto: Lobão

Pois é prá quê

Em 1971, o grupo MPB4 já tinha saído do circuito universitário, com seus shows no Centro Popular de Cultura – CPC, da União Nacional dos Estudantes-UNE, lá em Niterói para se tornar um nome em evidência na música popular, dada a suas participações nos festivais de então, principalmente os da TV Record, acompanhando Chico Buarque.

O MPB4 já andava com as próprias pernas sem ter que ser tão somente acompanhante das estrelas ascendente de nossa música naqueles anos 70. O disco De palavra em palavra é um exemplo de bom gosto musical e de vocalizações modernas para um repertório que sempre trazia a chama estudantil de protesto e estocadas no regime militar, cujo manto negro cobria todos, com sua intolerância e força, própria daqueles tristes tempos.

Uma canção deste disco, Pois é prá quê, de Sidney Miller, sempre mereceu a minha atenção, pelo sem tom desencantado, traçando com sua poesia fragmentada em citações de ações e situações uma colagem que forma um painel daquele momento que vivíamos. Uns versos, no entanto, sempre que ouvia e ouço me remete a uma referência a Caetano e a ousadia do tropicalismo para ele, Sidney, que era um tradicionalista, um sambista de classe média.

“Que rapaz é esse?/Que estranho canto/Seu rosto é santo/Seu canto é tudo/Saiu do nada/Da dor fingida/Desceu a estrada/Subiu na vida/A menina aflita/Ele não quer ver/A guitarra excita/Pois é, prá que?”. Pois é prá quê é uma toada triste, como a sua letra, mas bonita em sua melodia arrastada e seus versos de pura inquietação.

Vídeo: Youtube (Pois é prá quê - MPB4)

sábado, 24 de outubro de 2015

Uma imagem

Cédulas falsas de reais penduradas em um varal no vão livre do MASP em São Paulo
Foto: Estadão

O Lago do Sobradinho morre

A cada dia o volume útil de água armazenado no Lago da Barragem de Sobradinho, no Rio São Francisco, diminui um ponto percentual. Com isso, o volume morto deverá ser atingido já na primeira quinzena do próximo mês, quando então será necessário o fechamento das comportas da barragem de Sobradinho e o uso de bombas para retirada de água para consumo humano e animal.

O volume morto no Lago de Sobradinho vai significar que a água acumulada vai estar a um nível abaixo do ponto de captação, e não poderá mais ser retirada por gravidade. Precisará do uso de bombas. Em situações dessa natureza, a geração de energia e o uso da água para irrigação ficam prejudicados, e a prioridade passa a ser o abastecimento humano e animal. Triste!

Foto: Ilustrativa

XI Panorama Internacional Coisa de Cinema

Tem inicio no próximo dia 28 de outubro e se estenderá até 04 de novembro o XI Panorama Internacional Coisa de Cinema a ser realizado entre Salvador e Cachoeira. Esta edição será dedicada a Walter da Silveira que completaria 100 anos de idade, caso estivesse vivo. Doutor Walter, como era chamado, não foi tão somente importante para Glauber Rocha, Orlando Senna, Othon Bastos, Helena Ignez, mas a todos os interessados em cinema nos anos 50 e 60 na Bahia. 

Humanista e apaixonado pelo cinema, Walter da Silveira formou toda uma geração através, do Clube de Cinema da Bahia, que cheguei a freqüentar e conhecer Dr. Walter, pai de um colega nosso do Baneb. Minha admiração pelo cinema se consolidou ali, pois já trazia a alma encharcada dos filmes da programação do Cine Vogue, lá no sertão.


Estarão em competição na mostra, filmes curtas e longas baianos, nacionais e internacionais entre eles Ralé de Helena Ignez ex-esposa de Glauber Rocha e musa do cinema underground além de suas filhas também cineastas e atrizes. Ralé tem a participação de Ney Matogrosso como ator, e muitos mais filmes serão vistos nesta semana de muito cinema.

Foto: Big Jato de Claudio Assis

Com greve e sem juros

Em greve por mais de 18 dias os bancários tiveram ontem outra proposta da FENABAM com 10% de reajuste, deve ser analisada pelos bancários na próxima semana, além de reajuste de 14% no vale alimentação, abonos etc.. Além do desconforto para a sociedade e prejuízo aos bancos, que suportam muito bem, como sabemos, ontem eles tiveram mais uma derrota.

Os bancos estão conforme liminar concedida pela 3ª Vara de Relações de Consumo da Bahia proibidos de realizar cobrança de “juros, multa e outros encargos moratório de débitos, que vencerem durante a greve, cujo pagamento obrigatoriamente devesse ser efetuado perante as agências”.

Foto: Ilustrativa 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Grande prêmio da leviandade


Charge: Aroeira

Papai Noel sofre, é a crise

Em que pese o aumento de candidatos na escola de preparação de Papai Noel para o período natalino em lojas e shoppings, este ano, as perspectivas do comércio em sua contratação é incerta. Devido o temor do lojista na queda das vendas em razão de todos estes fatores, em especial o desemprego e a inflação, que rondam a família de cada trabalhador, este emprego temporário sofre as conseqüências da crise. 

Comerciantes têm alertado que não podem pagar o mesmo que o ano passado por 40 dias de trabalho. A crise é séria, dela não escapa nem o bom velhinho. O crescimento de candidatos a uma vaga como Papai Noel, claro é reflexo do desemprego em que trabalhadores dispensados de seus trabalhos procuram uma atividade qualquer ou mesmo de aposentados à procura de uma renda extra. Foi nesta que eu entrei, certa vez.  

Eu já fui Papai Noel e sei a aporrinhação que é agüentar crianças inquietas, suadas e pegajosas sentadas ao nosso colo, além de mães fotógrafas em busca de um melhor ângulo para a foto da lembrança natalina de seu filho desastrado e perturbador. Vira prá cá, puxa daqui, penteia o cabelo, amarra o cadarço do tênis, repõe a passadeira, um inferno, e Papai Noel lá sem perder a ternura, a cara de babaca. 

Tudo isto e mais, mas mantendo a calma, fingindo carinho, aconchego, mesmo tendo a roupa melada de doces, restos de pipoca, pedaços da barba arrancada e permanecer impassível com as calças vermelhas mijadas ou o nariz em chamas com um “pum” desavisado da criança, fruto de hambúrguer com coca-cola ou um acarajé com camarão. Papai Noel sofre!

Foto: Ilustrativa

Bem na fita

Em recente levantamento realizado pelo Instituto Paraná, que eu, você, nos dois, nunca ouvimos falar, o governador da Bahia, Rui Costa, está com um bom índice de aprovação dos baianos: 59,5%.  Na amostragem, 33,6 % dos entrevistados não estão satisfeitos com a gestão do petista, e outros 6,9% não souberam responder. A pesquisa ouviu 643 pessoas entre 10 e 15 de outubro de 2015.

O governador também teve um aumento no índice de aprovação em comparação com levantamento realizado pelo mesmo Instituto Paraná em julho deste ano. Na ocasião, o índice de aprovação do governo ele foi de 57,1%.  Na época, o estudo entrevistou 1.284 pessoas de 68 municípios do estado, espalhados por sete regiões.

Foto: Ilustrativa

Morte e vida severina

Serão muitas, esta semana, as homenagens aos 60 anos da publicação do livro Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto e a saga da família nordestina, procurando as cidades como fuga da seca e da fome que assolavam o sertão pernambucano. É um épico da literatura brasileira, cujo tema já foi explorado por entre tantos outros brilhantes escritores, mas sem a força demolidora e comovente do poeta pernambucano.

Talvez por ser um texto teatral e ter recebido do ainda muito jovem Chico Buarque de Holanda, uma versão musical tão densa e dramática como são seus personagens, ela, a Morte e vida severina, tenha para cada um de nos brasileiros, nordestinos ou não o impacto emocionante que se arrasta aos longos do ano, visto a sua permanência de sofrimento e dor no nordestino. 

Amanhã a Globo News apresentará um documentário sobre Morte e vida severina que tanta captar a trajetória oposta do nordestino, já que pessoas com referências culturais e visões do mundo diferente como Cristina Aragão, Murilo Salviano, Sandiego Fernandes, Gerson Camarotti e Edson Vander Simpson decidiram refazer o percurso, a caminhada, imaginada pelo poeta. Imperdível, amanhã na Globo News, as 20,50 hs (horário de verão).

Foto: Ilustrativa

Viciados em carrões

Chama atenção não apenas a quantidade de carros do Deputado Eduardo Cunha e sua esposa, assim como as marcas luxuosas dos mesmos, mas principalmente onde estes veículos estão comercialmente abrigados, em uma empresa denominada Jesus.com. 

Nem Jesus escapa da patifaria, logo ele um praticante evangélico destas igrejas dizimistas e milagreiras, buscando em um símbolo religioso cobertura para uma frota que segunda a Procuradoria Geral da República tem origem suspeita de ligação com a corrupção e a lavagem de dinheiro.

Aliás, como essa gente gosta de carrões tipo Porsche Cayenne, Touareg, Corolla, Edge, Tucson, Ford Fusion, Ferrari, Lomborghini, Pajero Sport, Freelander, BMW, com nomes tão esquisitos prá pronunciar, quanto mais prá adquirir. 

Os do senador Fernando Collor apreendidos em uma dessas operações espalhafatosa e midiática da Polícia Federal já estão de volta à Casa da Dinda, pois precisam de cuidados mecânicos. Ah, bom!

Foto: Ilustrativa

Covarde e hipócrita

Esses tais Diários da Presidência foram bolados para que Fernando Henrique Cardoso possa, ainda em vida, usar o espaço decrépito da velha mídia para se tentar se projetar como estadista – e não como o triste golpista cercado de reacionários em que se transformou.

Mas, apesar de os quatros livros anunciados se anunciarem, também, como lengalengas intermináveis sobre o cotidiano de FHC, alguma aventura há de se extrair das elucubrações do velho ex-presidente do PSDB. A primeira delas, referente à confissão de que, em 1996, FHC soube dos esquemas de corrupção da Petrobras, mas nada fez, é extremamente emblemática.

Sabe que, apesar de ter admitido um fato criminoso e moralmente inaceitável, terá o noticiário a seu lado, nem que seja por omissão. Mas, dessa inusitada confissão, surge um questionamento moral e ético mais profundo. Em abril, em nota amplamente divulgada na imprensa, FHC mostrou-se apoplético com declarações da presidente Dilma Rousseff sobre, justamente, acusações de delatores da Operação Lava Jato dando conta da corrupção na Petrobras, durante os governos tucanos.

Foi um covarde. E, agora, ao revelar-se como tal, tornou-se um hipócrita. Por isso, algo me diz que esses diários irão, muito em breve, para o lixo da História. Como, de resto, o próprio FHC.

Texto: Leandro Fortes (fragmentos)

O primeiro jornal

Quando da escolha de repertório daquele que seria seu último disco em estúdio e trilha do seu show Saudade do Brasil, garimpando novas músicas e selecionando outras já gravadas por ela ou outros interpretes, Elis pediu uma nova canção para o seu disco, a cantora e compositora, Sueli Costa.

Sueli entregou algumas músicas de sua nova lavra e não obteve retorno sobre a gravação por Elis de qualquer daquelas canções enviadas. Um exemplo, O primeiro jornal que em sua concepção era triste, sombria como um samba canção tão comum na carreira de Sueli e seus letristas preferidos.

Prá seu espanto ao ouvir a gravação de Elis, ela Suely, pensou tratar-se de outra canção e não aquela que ele tinha encaminhado à genial interprete. Elis com a ajuda de seu companheiro à época César Camargo Mariano, subverteu O primeiro jornal para um fox brejeiro, radiante, luminoso como um sol da manhã, algo que a canção sugeria e que ela com a sensibilidade de grande intérprete sacou. Coisa de estrela.   

Vídeo: Youtube (Primeiro jornal - Elis)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

João é estátua

Será sábado a inauguração da escultura de João Gilberto, em Juazeiro, terra do cantor e compositor. Confeccionada em bronze, em tamanho natural, ela ficará às margens do Rio São Francisco, na Orla 2 da cidade. A obra é assinada por Léo Santana, mesmo artista que fez a estátua de Carlos Drummond de Andrade, fincada no calçadão de Copacabana, no Rio.

Vai ter show de Miúcha na festa de apresentação. A cantora é ex-mulher do homenageado e mãe de Bebel Gilberto. No dia, será anunciado o projeto do Memorial João Gilberto, que funcionará na casa onde o músico nasceu.

Foto: Escultura de João Gilberto

FIAC - Bahia - 2015

Começa nesta sexta-feira, dia 23, a 8ª edição do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia - FIAC, que vai reunir 20 espetáculos de diferentes partes do mundo e que refletem sobre questões da atualidade. A programação segue até 1º de novembro e acontece em casas de espetáculos e espaços públicos de Salvador, unindo teatro, dança, performance e intervenção urbana, além de outras linguagens artísticas.

Os ingressos para a maioria das apresentações custam R$ 20 e R$ 10, e estão à venda na bilheteria do Instituo Cultural Brasil–Alemanha-ICBA, no Corredor da Vitória, e no site compreingressos. Há ainda eventos com entrada gratuita, como seminário de mediação cultural, oficinas e leitura dramática. A programação completa está disponível no site do Festival: www.fiacbahia.com.br

Foto: Hamlet - Processo de Revelação

Bye, bye, Brasil

A presidente parece querer manter distancia deste paiol de pólvora em que o país se transformou. Ela, a presidente, Dilma Rousseff já conformou presença, daqui até o fim do ano, em eventos na Arábia Saudita, no Vietnã, França, Emirados Árabes, na Argentina e no Japão. Ufa!

Um longo tempo longe de Cunha, de Temer, do PMDB. dos viciados em impeachment, das manchetes de O Globo e do Estadão, além da Folha todos eles prevendo e torcendo, para amanhã, o fim do Brasil, entre outras mazelas nacionais. Só não se livrará dos repórteres que seguem os seus passos, sempre com as mesmas perguntas e tendo como troco, respostas cada vez mais aluadas. 

Foto: Ilustrativa

Odeio segundas

Estreou ontem no Canal GNT a sua nova serie Odeio Segundas, tendo como atriz principal, a sempre perfeita, principalmente quando se trata de humor, Marisa Orth. Com texto de Fernanda Young e Alexandre Machado, a mesma dupla de Os Normais, a nova serie será ambientada em um escritório e sempre se passará em uma segunda feira.

Tendo como coadjuvantes Fernanda Paes Leme, Thiago Rodrigues, Carol Machado entre outros, Marisa Orth fará a personagem Valéria que promovida a subgerente de uma empresa luta para compensar a sua falta de liderança e a sua inabilidade em lidar com os problemas do escritório. É trapalhada de montão!

Foto: Marisa Orth