quarta-feira, 3 de junho de 2015

Vazou!

A renúncia mesmo, total e definitiva, deveria ter ocorrido na sexta feira passada, evitando a pantomima de mais uma eleição viciada e corrupta como parecem ser todos os atos da FIFA, entidade que o Senhor Blatter dirige por anos e anos, além de transitar entre os seus salões há décadas, servindo e sendo servido pelos seus antecessores. Mas, o impacto das prisões pelo FBI americano que não o atingiu, foi como se o tivesse imunizado de problemas futuros e ele estivesse livre, leve e sem algemas para mais um mandato à frente da FIFA.

Qual o quê! A revelação pela imprensa americana de que ele também, o Senhor da FIFA, estava sendo investigado, as reações políticas e esportivas em todo o mundo, além da ameaça da UEFA de boicotar as próximas Copas do Mundo calaram fundo nas aspirações monárquicas do velhote “fifeiro” e, ele preferiu aguardar os desdobramentos do escândalo a partir de sua casa no campo.

A perspectiva de novas eleições é alvissareira, embora numa eleição em que os votantes são marajás com 10, 12, 15 ou mais anos à frente de suas confederações, nascem suspeitas quanto a decência destes eleitores “propineiros”, cujas folhas corridas não resistem a um inquérito policial e, então fica a dúvida se não serão mais do mesmo. Talvez a presença do principie jordaniano, o português Figo, quem sabe Zico e até mesmo o francês Platini, embora personagem de histórias pouco edificantes, possam vir a soerguer a paquidérmica FIFA, dando-lhe credibilidade e transparência de seus atos. Até lá fica-se no aguardo de novas prisões, é o que resta esperar no momento.

Foto: Ilustrativa

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