A renúncia mesmo, total e definitiva, deveria ter
ocorrido na sexta feira passada, evitando a pantomima de mais uma eleição
viciada e corrupta como parecem ser todos os atos da FIFA, entidade que o Senhor
Blatter dirige por anos e anos, além de transitar entre os seus salões há
décadas, servindo e sendo servido pelos seus antecessores. Mas, o impacto das
prisões pelo FBI americano que não o atingiu, foi como se o tivesse imunizado
de problemas futuros e ele estivesse livre, leve e sem algemas para mais um
mandato à frente da FIFA.
Qual o quê! A revelação pela imprensa americana
de que ele também, o Senhor da FIFA,
estava sendo investigado, as reações políticas e esportivas em todo o mundo,
além da ameaça da UEFA de boicotar as
próximas Copas do Mundo calaram
fundo nas aspirações monárquicas do velhote “fifeiro” e, ele preferiu aguardar
os desdobramentos do escândalo a partir de sua casa no campo.
A perspectiva de novas eleições é alvissareira,
embora numa eleição em que os votantes são marajás com 10, 12, 15 ou mais anos
à frente de suas confederações, nascem suspeitas quanto a decência destes eleitores
“propineiros”, cujas folhas corridas não resistem a um inquérito policial e,
então fica a dúvida se não serão mais do mesmo. Talvez a presença do principie jordaniano, o português Figo, quem sabe Zico e até mesmo o francês Platini,
embora personagem de histórias pouco edificantes, possam vir a soerguer a paquidérmica
FIFA, dando-lhe credibilidade e transparência de seus atos. Até lá fica-se no aguardo de
novas prisões, é o que resta esperar no momento.
Foto: Ilustrativa
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