sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Perto do picadeiro e longe da cidadania.

A partida entre o Santos e o Botafogo de Ribeirão PretoSP, pelo campeonato paulista - 2012, antes de ontem, serviu para que o jogador Neymar exibisse, com sobra, as suas  qualidades de malabarista do sinal vermelho e demonstrasse o cidadão pequeno e falso que ele é tal qual o seu cabelo louro. Não havia necessidade daquelas firulas contra o jogador Nunes para a realização da jogada que poderia ou não resultar em gol, sem que aqueles passes de sambista de escola de segundo grupo pudesse ajudar. O picadeiro do circo ou o sambódromo ficavam um pouco distante dali.

Um craque, antes de tudo, tem que ser um cidadão como Messi, quatro vezes eleito o melhor do mundo, sem que o brilho de suas jogadas, passes e gols pudessem significar uma afronta ou menosprezo a um colega de profissão. O Neymar, inebriado com o mundo das celebridades que frequenta, é um produto deformado da sociedade de consumo e do sucesso a qualquer preço, mostrando o que o dinheiro em mãos não tão generosas e merecidas pode fazer ou produzir em forma de aleijão.

O Nunes, do lado de seu modesto clube e, das suas limitações técnicas teve o equilíbrio e a frieza de suportar o despropósito do jogador santista em escolhê-lo como vítima de suas presepadas futebolísticas, que só aparecem quando o Santos está ganhando. Onde estava o Neymar na final das Olimpíadas de Londres, contra o México? Talvez pensando no próxima cor de seu cabelo; com que Maria Chuteira sairia tão logo voltasse derrotado; ou em qual “clip” de pagodeiro demonstraria, mais uma vez, suas qualidades de malabarista do sinal vermelho. Quanto ao Nunes fez bem em não quebrá-lo, como chegou a pensar durante a partida, melhor assim. Mas que merecia um chega prá, isto merecia.  

Caricatura: amauricaricaturas    

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