Quem lá pelos anos 60 ouviu rádio, dançou em assustados (festas noturnas em casas de amigos) e cantou a toa na
vida, sucessos como Filme triste, Festa
do Bolinha, O passo do elefantinho estava entoando sucessos do Trio Esperança formado por três irmãos,
que por sua vez eram irmãos de três componentes do quarteto Golden Boys com mais o primo Waldir. Uma família extremamente
musical conforme se vê.
Mas do Trio Esperança,
a sua voz guia, doce e quase um fiapo de voz, embora afinada e agradável de
ouvir, era Evinha, que abandonou o
trio para seguir carreira solo onde emplacou sucessos como Casaco marrom, Cantiga por Luciana, que defendeu no IV Festival Internacional da Canção, e
mais Teletema, De tanto amor, Que
bandeira.
E de Evinha tinha-se
noticias esporádicas, logo após o seu casamento com um músico francês e a sua
mudança para a França há mais de 40
anos. Ela agora volta para o público brasileiro com um disco Uma voz, um piano, em que se faz acompanhada
apenas pelo seu esposo, o pianista e arranjador Gérard Gambus, e é uma espécie de quase retrospecto de sua carreira por aqui, embora com algumas canções inéditas
Mas, lá está na suavidade da voz de Evinha canções que trazem a marca
inconfundível de seu canto, como Casaco
marrom, Cantiga por Luciana, Teletema e novas canções dos compositores Ivan Lins, Antonio Adolfo, seu irmão Renato Correa, regravações de Ilha deserta de Zé Rodrix e seu rock rural e a sugestiva Alguém cantando de Caetano,
que em seus versos diz “alguém cantando longe daqui/alguém cantando alguma
canção”. Vale à pena ouvir Evinha,
de volta.
Foto: Ilustrativa
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