Indiscutível e irreversível o avanço
tecnológico das comunicações neste inicio de século XXI e final de século passado, quando somos surpreendidos com o “novo”,
substituindo o que há pouco era novidade, tecnologia de ponta, último
lançamento do mercado e coisa e tal. Nos celulares então, vivemos a reboque das
inovações e das novas formas de contato, de comunicação.
Assim como o
telegrama, a carta, o email, se não pelo uso comercial, tem a sua substituição
nos contatos pessoais já como uma realidade, ninguém escreve ao coronel como no livro do grande colombiano Gabriel Garcia Marques em que se tinha
todo o tempo do mundo para passar e gastar. A instantaneidade é o que temos
agora, o que nos sobrou e resta.
Mas fazendo uma pausa no imediatismo, e ficando
nele mesmo, pulamos para o whatsapp a
mais utilizada ferramenta de contato entre humanos e de vez quando plataforma
para a notoriedade de algum juiz lá dos grotões do país, que sem mais porque,
determina sua interrupção para o desespero de que faz seu contato com o mundo
exterior, através dele, o whatsapp.
Mas, há algo de errado no reino do zap
zap e sua legião de zumbis espalhados pela ruas, shoppings, ponto de
ônibus, ônibus, praças, restaurantes, lanchonetes, audiências forenses,
velórios e sepultamentos.
Nada escapa aos dedos nervosos que digitam mensagens,
remetem vídeos, independente dos locais de acessos, já que apenas algo os une,
a solidão e a indiferença ao que está próximo ou mesmo distante. Não nos
reconhecemos no outro, somos o mundo e o mundo nas mãos.
Foto: Ilustrativa
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