Se você como eu nunca ouvir falar em Tia Eron, não nos desesperemos, o Brasil também não. A tal personalidade
foi apresentada ao mundo político, entrando pela porta dos fundos, como sempre
acontece com os inexpressivos, os "qualquer um". Ela é a mais nova protagonista do
mais recente episódio desta saga anárquica que é a luta pela não cassação do
mandato de Eduardo Cunha, após
aprovação ou não de um relatório da Comissão
de Ética da Câmara dos Deputados.
Ah sim, Tia
Eron é deputada federal, baiana, pelo partido qualquer coisa, com mais de
110 mil votos na última eleição, donde se deduz que a tia pode ser do baixo
clero da casa, reduto onde se concentra uma manada, de deputados, a espera de
um vaqueiro que a leve pra algum lugar, mas sabe manjar, como boa evangélica
que é, a sacolinha de votos com uma destreza de fazer inveja a muita gente boa.
Mas, que fez Tia Eron para ocupar todo este espaço na mídia? Tá na lista de Janot, na diligência do japonês, em
alguma delação premiada? Não, Tia Eron
no dia da votação do relatório que sinalizava a cassação do mandato de Cunha
171, com seu voto anunciado com antecedência pela aprovação do texto,
simplesmente sumiu, escafedeu-se e durante o dia não se soube dela.
No dia seguinte, assustada e diante das câmeras
disse que estava estudando o relatório. Deputada estudiosa e competente. E
assim livrou o famigerado presidente da Câmara,
afastado, da cassação. Mas da prisão não tem Tia Eron, nem sessão de descarrego, prá livrá-lo. Em nome de Jesus!
Foto: Tia Eron
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