O inverno, oficialmente começou ontem, mas Salvador que sempre contrariou estas
estações do ano já deu mostra do que virá, bem mais cedo, talvez desde o início do
mês de junho, a cidade já apresentava o seu cardápio de mau tempo. Chuvas, ventos, marés
nas alturas com invasão da pista, em especial no Rio Vermelho e Ondina e
os transtornos previsíveis ao trânsito, aos passantes e banhistas.
Em um dia desses de início de junho, ao sair de
casa adentrei a Avenida Sete vestindo
bermuda, arrastando chinelo, camisa de algodão como quem se dispusesse, o que até
poderia ser, ir à praia tal o dia luminoso que se prenunciava. Não andei
oitocentos metros para que tudo desabasse como a "tarde feito um viaduto". Chuva
e principalmente ventos, ventania de por à prova a mais resistente das
sombrinhas chinesas, logo elas que sucumbem ao menor sopro de vela, um espirro,
um assobio, jamais suportaria uma rajada de ventos com 40 quilômetros horários.
Posicionado sob a marquise de uma loja da Avenida fiquei a observar a felicidade
do ambulante que carregava nos braço 08 ou dez sombrinhas e guarda-chuvas, a
serem vendidos com a rapidez dos próprios ventos. Logo em seguida partir em
disparada para a loja de onde provinha o fornecimento, e voltar ao passeio onde
se acotovelavam outras dezenas de desprevenidos, com nova braçada de sombrinhas
e guarda-chuvas adquiridos igualmente na mesma rapidez. Mas, nada é pra sempre
e, assim como veio o mau tempo ele se foi com a instauração daquele mesmo dia
luminoso.
Foto: Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário