terça-feira, 7 de junho de 2016

Isso aqui tá bom demais


Compreendo os festeiros que gostariam de ver na programação junina da “cidade alegre” figurinhas marotas que pululam no Faustão, Gugu, Ratinho entre outras nulidades, balançando seus peitos siliconados ou suas vozes esganiçadas de sertanejos de araque. Como não sou parâmetro de nada neste mafuá sonoro, pra mim “tá bom demais”, como diria Dominguinhos e Chico, prestigiando os contratados possíveis e se fazendo de penitente com os que se ajoelham aos pés da “crise”.

Quem sabe, impacientes como somos, não descobriremos entre Jadson Tozzi, Luzzo, Bilial do forró, de quem eu, você nos dois nunca ouvimos falar, um Hermeto Pascoal, um Sivuca, um Oswaldinho do Acordeom, um Toninho Ferragutti adormecidos, pois de onde não se espera... é que não sai nada mesmo.

Se não me falha a memória, e ela anda falhando, admiravelmente, Zefa de Zeca tocou no Rock in Rio de 1991 numa aparição modesta, sem alarde, mas ao contrário de Carlinhos Brown não foi ovacionado com uma chuva de copos de água mineral. É possível que daquele jeitão meio hippie anos 70, de Zefa di Zeca deve ter sobrado pouco coisa além do jaleco surrado, calça jeans idem e uma sanfona velha que roncará por aqui. É o que se tem pra mostrar, além de saber a tradução de "pertauprei".

Foto: Ilustrativa

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