Compreendo os festeiros que gostariam de ver na
programação junina da “cidade alegre” figurinhas marotas que pululam no Faustão, Gugu, Ratinho entre outras
nulidades, balançando seus peitos siliconados ou suas vozes esganiçadas de
sertanejos de araque. Como não sou parâmetro de nada neste mafuá sonoro, pra
mim “tá bom demais”, como diria Dominguinhos
e Chico, prestigiando os contratados possíveis e se fazendo de penitente com
os que se ajoelham aos pés da “crise”.
Quem sabe, impacientes como somos, não descobriremos
entre Jadson Tozzi, Luzzo, Bilial do
forró, de quem eu, você nos dois nunca ouvimos falar, um Hermeto Pascoal, um Sivuca, um Oswaldinho do Acordeom, um Toninho
Ferragutti adormecidos, pois de onde não se espera... é que não sai nada
mesmo.
Se não me falha a memória, e ela anda falhando,
admiravelmente, Zefa de Zeca tocou
no Rock in Rio de 1991 numa aparição modesta, sem alarde,
mas ao contrário de Carlinhos Brown não
foi ovacionado com uma chuva de copos de água mineral. É possível que
daquele jeitão meio hippie anos 70, de Zefa
di Zeca deve ter sobrado pouco coisa além do jaleco surrado, calça
jeans idem e uma sanfona velha que roncará por aqui. É o que se tem pra
mostrar, além de saber a tradução de "pertauprei".
Foto: Ilustrativa
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