Comprei para as minhas filhas, lá pelo final
dos anos 80, um boneco Fofão, que
era uma espécie de brinquedo que não podia faltar no quarto da bagunça da turma,
quer dizer, quarto de brinquedo de qualquer mafuá que tivesse uma, duas ou três
pequeninas criaturas.
Mas, depois de certo tempo de uso e de
avacalhação com o boneco, começaram a circular umas histórias nada abonadoras
sobre o brinquedo. Que Fofão era
amaldiçoado, que trazia más energias para a casa que o tivesse, que Fofão era a encarnação do “belzebu”, e
coisas que tais.
Não se teve outra alternativa que não
sacrificar Fofão. A roupa foi rasgada, as mãos arrancadas, a sua cabeça também e, para espanto geral a sustentação daquela horrível cabeçorra era uma
espécie de lâmina pontiaguda que lembrava uma grande faca, um enorme punhal. Estava
ali a prova do mal que Fofão representava
e podia causar.
Segundo o Globo,
em reportagem desse domingo, a ruína do boneco foi a sua associação ao filme,
também da época, Brinquedo assassino
que fez muitas crianças e pais a olharem, a partir daquele filme, O Fofão com certa desconfiança. O certo é
que lá em casa, e em muitas outras, o Fofão
nunca mais entrou, foi enxotado para a lixeira. O fabricante deve ter atirado pragas prá todos os lados,
quer dizer contra todos os outros brinquedos.
Foto: Fofão
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