terça-feira, 7 de junho de 2016

Mulatos inzoneiros


Não há nenhuma novidade na constatação, mas cada vez que nos defrontamos com a evidência, é como um tapa na cara em nossa (lá deles, ricos e famosos) falta de brio, falta de entrega, de comprometimento. É esta a leitura da partida pela Copa América-2016, ontem à noite, entre Argentina x Chile se comparada a nossa conduta (lá deles, ricos e famosos) frente ao Equador, sábado, também pela Copa America-2016.

Nos não somos sul-americanos, naquilo que sobra em argentinos, chilenos, uruguaios, colombianos quanto à disputa, quanto ao confronto como se fosse o último de suas vidas. Nós não, somos um parto macunaímico nas brenhas amazônicas, como caricaturou Mário de Andrade ou o “mulato inzoneiro” de que nos canta Ary Barroso em sua ufanista Aquarela do Brasil; nós não somos latinos, não temos sangue no olho, quem sabe nas veias, não, somos “mulatos inzoneiros”.

Basta ver a atitude de jogadores, tão ricos e famosos como os nossos, a exemplo de Di Maria, Higuáin, o jovem Gaitán, Vidal, Vargas, Alexis Sanches, Isla e os jogadores que enfrentaram o Equador, na estréia do Brasil sob o comando deste apalermado treinador. Um abismo a nos separar e, por falta de esperança só resta crer em geração espontânea, para nos trazer de volta atletas como os que nos colocaram no topo do futebol mundial, onde nunca mais voltaremos.  

Foto: Ilustrativa

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