Não há nenhuma novidade na constatação, mas
cada vez que nos defrontamos com a evidência, é como um tapa na cara em nossa (lá
deles, ricos e famosos) falta de brio, falta de entrega, de comprometimento. É
esta a leitura da partida pela Copa
América-2016, ontem à noite, entre Argentina
x Chile se comparada a nossa conduta (lá deles, ricos e famosos) frente ao Equador, sábado, também pela Copa America-2016.
Nos não somos sul-americanos, naquilo que sobra
em argentinos, chilenos, uruguaios, colombianos quanto à disputa, quanto ao
confronto como se fosse o último de suas vidas. Nós não, somos um parto macunaímico nas
brenhas amazônicas, como caricaturou Mário
de Andrade ou o “mulato inzoneiro” de que nos canta Ary Barroso em sua ufanista Aquarela
do Brasil; nós não somos latinos, não temos sangue no olho, quem sabe nas
veias, não, somos “mulatos inzoneiros”.
Basta ver a atitude de jogadores, tão ricos e
famosos como os nossos, a exemplo de Di
Maria, Higuáin, o jovem Gaitán,
Vidal, Vargas, Alexis Sanches, Isla e os jogadores que enfrentaram o Equador, na estréia do Brasil sob o comando deste apalermado
treinador. Um abismo a nos separar e, por falta de esperança só resta crer em geração
espontânea, para nos trazer de volta atletas como os que nos colocaram no topo
do futebol mundial, onde nunca mais voltaremos.
Foto: Ilustrativa
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